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A poucos meses da realização da COP30, que será sediada em Belém, no Pará, pesquisadores estão expressando preocupações sobre os impactos ambientais de duas grandes obras viárias programadas no estado. As obras, que visam melhorar o escoamento do trânsito na capital paraense, enfrentam críticas por atravessarem áreas de grande valor ambiental, colocando em risco as poucas unidades de conservação restantes no estado.

Uma das obras planejadas corta uma área que abriga mais de 800 espécies de fauna e flora, algumas das quais estão ameaçadas de extinção. A outra obra passa pelo Parque Ambiental Gunnar Vingren, uma importante área de preservação que é lar de várias espécies endêmicas, e ainda desempenha um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas locais. O risco de dano irreparável a essas áreas de preservação tem gerado receios quanto aos impactos ambientais de longo prazo que essas intervenções podem causar.

De acordo com o governo do Pará, as obras visam melhorar o tráfego na capital, Belém, especialmente com a expectativa de um aumento significativo na demanda de visitantes durante a COP30. A conferência internacional, que ocorrerá em 2025, é considerada um dos maiores eventos sobre mudanças climáticas no planeta e será um ponto de discussão sobre ações para mitigar os danos ao meio ambiente.

No entanto, especialistas alertam que o crescimento urbano e as intervenções para melhorar a infraestrutura podem resultar em perdas irreversíveis para a biodiversidade local. A construção de estradas que atravessam áreas sensíveis aumenta a fragmentação dos habitats naturais e coloca em risco a sobrevivência de muitas espécies. Para esses pesquisadores, o desafio é encontrar soluções que conciliem o desenvolvimento da cidade com a preservação dos ecossistemas.

Com a COP30 se aproximando, as atenções estão voltadas para a forma como o Brasil lidará com seus compromissos ambientais. A realização de uma conferência de tal magnitude em Belém exige uma reflexão profunda sobre o modelo de desenvolvimento adotado, especialmente em regiões como o Pará, que ainda abrigam áreas de extrema importância para a preservação do meio ambiente.

As discussões sobre essas obras podem se tornar um dos pontos centrais do evento, refletindo a tensão entre o progresso urbano e a preservação ambiental, e o quanto é possível avançar em um modelo de desenvolvimento sustentável, sem comprometer as riquezas naturais do estado e do país.

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