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Uma pesquisa realizada pela Quaest/Genial e divulgada neste domingo mostra que 58% dos entrevistados não desejam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorra à reeleição em 2026. Apenas 40% afirmaram que o presidente deve se candidatar, enquanto 2% não souberam responder. Os dados refletem uma mudança em relação ao levantamento anterior, feito em julho, quando 53% se opunham à nova candidatura de Lula.

Entre os que ganham até dois salários mínimos, a rejeição à reeleição de Lula subiu de 40% para 56%, enquanto os favoráveis caíram de 57% para 47%. Esse segmento da população mostrou a maior oscilação nas intenções de voto.

A pesquisa também revela a fragmentação no campo da direita, impulsionada pela candidatura de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição para prefeito de São Paulo. No cenário em que Marçal é incluído, Lula lidera com 32% das intenções de voto, seguido por Marçal com 18% e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%. O ex-presidente Jair Bolsonaro não aparece nas pesquisas devido à sua inelegibilidade.

Reflexões de Lula

Apesar de sua participação limitada nas campanhas recentes, Lula expressou descontentamento com o desempenho da esquerda, especialmente do PT, nas eleições municipais. Em uma reunião com líderes do partido, o presidente destacou a necessidade de uma renovação de quadros e de linguagem para se conectar com eleitores que se identificam como “antissistema”. O ministro Paulo Pimenta, responsável pela comunicação do governo, não estava presente na reunião, o que gerou comentários sobre a dinâmica interna do partido.

Desafios Futuros

O jornalista Elio Gaspari apontou que, ao se distanciar das disputas do primeiro turno, Lula pode ter perdido uma oportunidade. Com 15 eleições em capitais previstas para o próximo ciclo, o ambiente político promete ser desafiador. Se Lula decidir se envolver mais ativamente, ele poderá se encontrar em uma posição delicada, onde só poderá declarar vitórias em poucas localidades, o que poderá impactar sua imagem e a do PT.

O cenário está se desenhando como um teste crucial para Lula e o Partido dos Trabalhadores, que terão que enfrentar não apenas a pressão interna por renovação, mas também a crescente competição no espectro político.

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