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Parlamentares enviaram quase R$ 500 milhões em verba federal, entre 2021 e 2023, para ONGs que fizeram projetos com fortes indícios de desvio de dinheiro, revela Ruben Berta no UOL. Os repasses são provenientes de 32 deputados federais e um senador. Destacam-se o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com emendas suspeitas no valor de R$ 25,9 milhões; o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), braço direito do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com emendas que somam R$ 22,8 milhões; e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido), com emendas de R$ 13,7 milhões. A lista também inclui o atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ), com R$ 1,1 milhão de emendas.

Detalhes das Irregularidades

Entre as irregularidades destacadas estão a compra de 1.320 bolas de futsal para um projeto que não oferecia aulas dessa modalidade e a contratação de 225 seminários ao custo de R$ 3 milhões, mas com a realização comprovada de apenas oito eventos. Essas descobertas levantam sérias questões sobre a transparência e a eficácia da aplicação dos recursos públicos.

Principais Envolvidos

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): O deputado federal lidera a lista com R$ 25,9 milhões em emendas suspeitas. Ele está sendo investigado por alocar recursos a ONGs cujos projetos não possuem comprovação de execução.
  • Pedro Paulo (PSD-RJ): Conhecido por sua proximidade com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, Pedro Paulo destinou R$ 22,8 milhões a ONGs envolvidas em atividades com indícios de irregularidades.
  • Rodrigo Maia (Sem partido): O ex-presidente da Câmara dos Deputados alocou R$ 13,7 milhões para ONGs, levantando suspeitas sobre a destinação correta desses recursos.
  • Marcelo Freixo (PT-RJ): Atual presidente da Embratur, Freixo também aparece na lista com R$ 1,1 milhão em emendas para ONGs sob investigação.

Repercussão e Medidas

A revelação dessas irregularidades pode trazer consequências significativas para os parlamentares envolvidos e para as ONGs beneficiadas. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) já estão analisando os casos para determinar as responsabilidades e aplicar as sanções cabíveis.

A sociedade civil e organizações de fiscalização estão exigindo maior transparência na alocação de emendas parlamentares e um controle mais rigoroso sobre a execução dos projetos financiados com verba pública. A pressão por uma reforma nas práticas de destinação de recursos federais para evitar o desvio de dinheiro e garantir que os fundos cheguem aos destinatários finais de forma adequada está crescendo.

Conclusão

As investigações sobre o desvio de quase R$ 500 milhões em verba federal destinadas a ONGs expõem uma grave falha no sistema de controle e transparência dos recursos públicos no Brasil. As autoridades competentes precisam agir com rapidez e eficiência para assegurar que os responsáveis sejam punidos e para restaurar a confiança da população na administração pública.

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