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Academia anuncia mudanças no Oscar 2026 com foco em transparência, autoria humana e limites para uso de IA

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou, nesta terça-feira (22), mudanças significativas para a edição de 2026 do Oscar, em resposta às crescentes polêmicas que marcaram a premiação deste ano. A partir de agora, os votantes precisarão comprovar que assistiram a todos os filmes das categorias em que irão votar. A medida busca garantir mais responsabilidade e legitimidade no processo de escolha dos vencedores, após críticas envolvendo eleitores que sequer teriam visto os títulos por completo.

Além disso, foram estabelecidas novas diretrizes quanto ao uso de Inteligência Artificial (IA) nas produções cinematográficas. Segundo a Academia, as ferramentas de IA poderão continuar sendo utilizadas no processo criativo, mas não influenciarão positivamente ou negativamente nas chances de indicação ou premiação. A ênfase, reforça o comunicado, seguirá sendo na “autoria criativa humana”.

As mudanças chegam em meio a um debate acalorado sobre o papel da IA em Hollywood, potencializado após os questionamentos sobre os efeitos visuais e roteiros parcialmente gerados por algoritmos em produções como Duna: Parte Dois e O Brutalista. Ambas as obras foram alvo de debates éticos e artísticos durante o Oscar 2025, o que motivou a Academia a revisar seus critérios.

“Estamos ajustando nossas práticas para refletir os desafios e as evoluções da indústria, mas reafirmando nosso compromisso com o talento humano que impulsiona o cinema”, disse a Academia em nota oficial.

A cerimônia do Oscar 2026 já tem data marcada: será realizada no dia 15 de março, em Los Angeles. Até lá, a expectativa é de que as novas diretrizes gerem discussões entre produtores, cineastas, votantes e o público — em um momento em que o equilíbrio entre inovação tecnológica e preservação da essência artística do cinema se torna cada vez mais central no debate cultural.

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