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Dentro da programação comemorativa pelos seus 30 anos, o Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realizou, nesta sexta-feira (4), no Wish Hotel da Bahia, em Salvador, o encerramento do Congresso do ISC.
Com a participação a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, e do secretário de Atenção Especializada (Saes) do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, o evento consistiu em uma sessão especial do projeto Saúde Coletiva em Debate, que teve como tema: “Saúde como direito de tod@s: conquistas e desafios no Brasil”. A atividade foi coordenada pela professora Isabela Cardoso Pinto (ISC/UFBA), secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde.
Durante o congresso que marcou a celebração dos seus 30 anos do ISC, a secretária Roberta Santana enalteceu o papel do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA como instituição acadêmica, mas também classificou a entidade como pilar para a construção das políticas públicas de saúde da Bahia e do Brasil. “Aqui formam-se profissionais, mas também toda produção feita pelos seus alunos é sempre de construção de uma política mais fortalecida, universal e de forma igual para todos aqui na Bahia. Fica aqui o meu compromisso e agradecimento, em nome do governador Jerônimo Rodrigues, a toda dedicação da equipe que aqui trabalha pela construção de um SUS cada vez mais fortalecido na nossa Bahia”, destacou.
Em sua fala, a titular da Sesab também apresentou um panorama da saúde na Bahia e os principais desafios, com destaque para a sobrecarga da rede estadual diante da baixa resolutividade da atenção primária, de responsabilidade dos municípios, que acaba por agravar o estado de saúde da população, além de gerar sobrecarga na média e na alta complexidade.
“O fortalecimento da atenção primária dentro da dimensão geográfica da Bahia é um dos principais desafios que a gente precisa vencer. E isso correlacionando com a regionalização e interiorização da alta complexidade. Não adianta as coisas isoladas, ou elas se comunicam e a gente trabalha junto, ou não venceremos o desafio da saúde pública no nosso Estado”, destacou a titular da Sesab. “Tanto batem e tanto politizam a regulação, mas ela nada mais é do que o funcionamento integrado da atenção primária com alta complexidade, com ampliar o acesso às especialidades e às residências médicas para que a gente possa fazer isso conjuntamente”, acrescentou.
Reforçando a importância do trabalho conjunto entre os entes federativos, a secretária da Saúde da Bahia reforçou ainda a necessidade de que questões partidárias impeçam o aprimoramento das políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS). “É essencial que a prioridade seja a assistência e é isso que eu estou pedindo a vocês aqui nesse âmbito de discussão. Sabemos o que temos feito, sabemos o que os municípios podem fazer, mas a gente precisa ter a responsabilidade da militância do SUS, do nosso compromisso de cuidar das pessoas de forma universal, integral. Peço a vocês que nos ajudem a construir uma saúde pública cada vez melhor na nossa Bahia e levar para o Brasil nossas experiências bem-sucedidas”, concluiu.
O secretário de Atenção Especializada (Saes) do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, também apontou como um dos principais desafios a necessidade de organizar a saúde no sistema federativo, com definições precisas sobre responsabilidades dos municípios, estados e da União, sem deixar de discutir ainda o papel da iniciativa privada.
Outro problema citado por ele se dá com relação ao orçamento da saúde, que atualmente é pressionado por demandas judiciais e pela alocação de emendas parlamentares, que, por vezes, acabam pulverizando recursos sem a devida eficiência. “Um grande desafio para a saúde coletiva é sair do nosso campo e conversar com outras áreas, fazer uma análise da economia política. Precisamos ter capacidade de defender o SUS nessas instâncias”, avaliou Massuda.
Fonte: ASCOM

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