Netanyahu promete retaliação a Houthis e Irã após míssil atingir aeroporto de Tel Aviv

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu neste domingo uma retaliação firme contra o grupo Houthi, do Iêmen, e “seus mestres terroristas do Irã”, após um míssil disparado pela milícia islâmica atingir a faixa de segurança do Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv. Considerado o maior e mais importante terminal aéreo do país, o aeroporto teve sua operação parcialmente afetada, gerando alarme internacional.

“Não vai acontecer num estouro, mas serão vários estouros”, escreveu Netanyahu em sua conta oficial nas redes sociais, sinalizando que a resposta israelense será gradual e possivelmente prolongada. O ataque representou uma grave falha do sistema de defesa aérea de Israel, frequentemente citado entre os mais avançados do mundo.

A ofensiva elevou o clima de tensão no Oriente Médio e teve impacto imediato sobre o tráfego aéreo global. Diversas companhias dos Estados Unidos e da Europa anunciaram o cancelamento de voos para Israel nos próximos dias, enquanto aguardam garantias de segurança no espaço aéreo da região.

Analistas militares classificaram o ataque como um ponto de inflexão, indicando um possível alargamento do conflito regional envolvendo atores como o Irã, que é acusado por Israel e seus aliados de financiar e armar o grupo Houthi. A ofensiva também amplia a pressão internacional sobre Tel Aviv para revisar seus protocolos de defesa, especialmente diante da ameaça de mísseis de longo alcance provenientes do sul da Península Arábica.

A retaliação prometida por Netanyahu, embora ainda não iniciada, pode reacender múltiplas frentes de conflito em uma região já marcada por instabilidade e rivalidades geopolíticas.