0

O jornalismo brasileiro perdeu nesta terça-feira (2) um de seus nomes mais influentes. Mino Carta, jornalista e fundador de algumas das publicações mais importantes da imprensa nacional, morreu aos 91 anos. Nascido em Gênova, na Itália, Mino chegou ao Brasil ainda criança, na década de 1940, e construiu uma carreira marcada por ousadia editorial, pensamento crítico e profundo compromisso com a política e a cultura.

Ao longo de sua trajetória, Mino Carta foi responsável por fundar e dirigir veículos que moldaram a história da imprensa brasileira. Entre eles estão as revistas Veja e IstoÉ, além do inovador Jornal da Tarde, lançado pelo Grupo Estado em 1966, e, mais recentemente, a CartaCapital, publicação de linha editorial crítica, fundada em 1994 e considerada um contraponto às grandes revistas semanais do país.

Com estilo combativo e convicções firmes, Mino era conhecido por suas posições políticas contundentes e pela defesa intransigente da democracia e da liberdade de imprensa. Ao longo de décadas, foi protagonista de grandes coberturas e debates nacionais, além de mentor de gerações de jornalistas.

Seu legado permanece vivo não apenas nas redações por onde passou, mas também no impacto que teve sobre a forma de fazer jornalismo no Brasil — mais analítico, mais opinativo e, sobretudo, mais engajado com os rumos do país.

Mino Carta se despede como um dos últimos grandes nomes do jornalismo autoral brasileiro, deixando uma marca indelével na história da comunicação.

William Bonner deixa o Jornal Nacional após 29 anos; César Tralli assume bancada com Renata Vasconcellos

Artigo anterior

Jerônimo inaugura requalificação da Casa da Música e do Centro de Atividades do Parque do Abaeté nesta quarta (3), em Salvador

Próximo artigo

Você pode gostar

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais sobre Brasil