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Morreu nesta segunda-feira, 9, aos 75 anos, a cantora e compositora Angela Ro Ro, um dos nomes mais autênticos e marcantes da Música Popular Brasileira (MPB). Ela estava internada desde junho, tratando de uma infecção pulmonar grave.

Dona de uma voz inconfundível e de um estilo musical único, que mesclava blues, samba-canção, bolero e rock, Angela construiu uma carreira sólida e ousada, marcada por autenticidade artística e pioneirismo.

Nascida no Rio de Janeiro, começou a estudar piano clássico aos cinco anos. Sua trajetória profissional ganhou força na década de 1970, quando, vivendo na Itália, participou do álbum Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita. De volta ao Brasil, se apresentou em casas noturnas e logo foi contratada pela gravadora Polygram/Polydor.

Seu primeiro sucesso nacional veio em 1980, com a canção Amor, Meu Grande Amor, que a consagrou como uma das grandes intérpretes da geração pós-tropicalista. Ao longo da carreira, Angela lançou discos aclamados pela crítica e pelo público, mantendo-se como referência de força artística, autenticidade e resistência dentro da música brasileira.

Além do talento, Angela Ro Ro também foi uma das primeiras artistas brasileiras a assumir publicamente sua homossexualidade, ainda nos anos 1980, enfrentando preconceitos e abrindo caminhos para gerações futuras de músicos e artistas LGBTQIA+.

Com sua partida, o Brasil se despede de uma artista intensa, verdadeira e profundamente conectada com a alma da canção popular. A música brasileira perde uma voz poderosa e um espírito livre que nunca se curvou às convenções.

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