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Durante a inauguração da Casa Brasil em Paris, neste sábado (27), o ministro do Esporte, André Fufuca, repudiou uma publicação racista feita pela página oficial do ministério. Fufuca, que afirmou ter sido pego de surpresa pela notícia ao chegar ao hotel, explicou que o post ofensivo, que retratava um macaco dentro de uma embarcação com a legenda “Todo mundo aguardando o nosso barco”, foi um erro do departamento de comunicação. “Foi um erro da comunicação. Tanto que eu só tive conhecimento na hora que saí do evento e cheguei no hotel. Eu não tinha tido conhecimento sobre isso”, disse o ministro em entrevista à CNN.

O funcionário responsável pela publicação foi imediatamente exonerado. “Só posso garantir que ações como essa nunca mais serão repetidas e aqueles que ousarem fazer [algo assim] serão demitidos”, acrescentou Fufuca. O ministro destacou que o ministério repudia qualquer forma de racismo e preconceito, e que medidas administrativas serão adotadas para prevenir novos incidentes.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, também presente no evento, comentou que a publicação não impactará negativamente a imagem da delegação brasileira. “O governo do presidente Lula tem atuado muito no combate ao racismo e a qualquer tipo de discriminação, por raça, cor, credo. Então, é muito importante que o nosso governo agiu imediatamente para retirar o post e para abrir procedimentos administrativos”, afirmou Sabino. Ele garantiu que o episódio não causará danos à imagem do Brasil na Olimpíada e elogiou a motivação dos atletas brasileiros.

Raí, ex-jogador de futebol e atual embaixador da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, também fez uma declaração contundente sobre o incidente. Presente na Casa Brasil, o ex-atleta criticou a publicação, chamando-a de “agressiva” e contrária aos valores olímpicos. “Vai contra tudo o que a gente viu ontem na abertura, contra a discriminação, contra o racismo, com mais justiça social, com respeito, com tolerância”, disse Raí à CNN. O ex-jogador enfatizou a importância de ir além de apenas remover o post, ressaltando que “às vezes não basta só tirar do ar porque são sequelas, marcas, feridas que acabam ficando”.

O episódio gerou uma forte reação das autoridades brasileiras e da sociedade civil, refletindo a crescente preocupação com a questão do racismo e da discriminação no país. A Fundação Biblioteca Nacional, responsável pela preservação do patrimônio cultural e intelectual do Brasil, foi também alvo de críticas semelhantes no passado, demonstrando a necessidade contínua de vigilância e educação sobre temas sensíveis.

 

 

Fonte: CNN Brasil

Vídeo: CNN Brasil

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