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Vinícius Nunes
Viniciusnunes@portal2dejulho.com.br

A nossa terceira edição do Papo com o Chefe não poderia ser mais especial. O Portal 2 de Julho realizou uma entrevista especial com um dos ícones da música nordestina e do forró, ninguém mais ninguém menos que Targino Gondim. O três vezes indicado para o Grammy, maior prêmio da música mundial (vencendo uma vez com a música “Esperando na Janela” que foi imortalizada pelo cantor baiano Gilberto Gil) contou algumas histórias e não fugiu de perguntas mais polêmicas, principalmente em relação ao cenário atual do São João, não só o da Bahia, como também o do Nordeste como um todo.

Confira a entrevista do editor-chefe do Portal 2 de Julho, Vinícius Nunes, com a lenda do forró, Targino Gondim.

Vinícius Nunes: O que você acha desses artistas fazem parte da nossa safra do forró ?

Targino Gondim: A realidade é que eles fazem parte do mercado! Muitos deles são muito bons, faria colaboração com muitos como João Gomes e Tarcísio do Acordeom. Agora, cada um tem o seu, eles fazem o deles e eu faço o meu. Muito do que eles fazem é o que o mercado está pedindo, porém quero deixar bem claro que eles fazem bem. Eles são muito bons mesmos, porém o estilo deles é diferente do meu!

Vinícius Nunes: Você já se imaginou se adaptando a esse mercado atual?

Targino Gondim: Como já disse, eu me vejo tocando com eles, fazendo participação, porém não esse estilo deles não é para mim. Não tenho vontade de fazer isso.

Vinícius Nunes: Qual artista te inspirou?

Targino Gondim: Luís Gonzaga. Principalmente ele, porém tiveram outros como Dominginhos, Marinês Jackson do Pandeiro, a galera do tropicalismo… Diferentemente dos jovens de hoje, eu tive inspiração de muita coisa boa, muita coisa maravilhosa, principalmente nas décadas de 80 e 90. Legião Urbana, Titãs, Raul Seixas, Barão Vermelho, Chico Buarque, Gal Gosta, Maria Bethânia… Isso daí e o forró foram a minha infância! Ouvi muito disso daí!

Vinícius Nunes: E o que você acha desses artistas fora do forró tocando nas maiores festas do São João?

Targino Gondim: Mercado pede, não é? Como eu disse antes, assim como os artistas, os organizadores se adaptam ao mercado e trazem aquilo o que as pessoas consomem. Eu tenho certeza de que caso chegassem o nosso forró tradicional para a maioria dessa galera, eles iam gostar muito! Eu falo isso porque eu vejo! Toda vez que eu toco e tem jovem por lá, eles estão curtindo, se divertindo e dançando. Agora é a questão do que chega para eles e, por consequência, o que eles acabam pedindo. Tudo isso daí é questão do mercado. O mercado quer esses artistas, o público acaba querendo também e os organizadores acabam dando.

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