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Milhares de manifestantes bolsonaristas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (7), em mais um ato público de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília. Esta é a quarta manifestação bolsonarista realizada em 2025 na capital paulista.

Com o slogan “Reaja Brasil”, o protesto marca a primeira grande mobilização desde que Bolsonaro passou à prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 4 de agosto. O ato também destaca o protagonismo político do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem articulado apoio no Congresso para aprovar um projeto de anistia aos condenados.

Presenças aguardadas

Cotados para uma possível chapa presidencial em 2026, Tarcísio e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram os nomes mais aguardados na Avenida Paulista. O evento foi organizado por lideranças religiosas e aliados do campo conservador, com a presença de figuras como o pastor Silas Malafaia, que tem sido um dos principais mobilizadores dos atos de rua pró-Bolsonaro.

Além de pedidos de anistia, os manifestantes exibiram faixas com críticas ao STF e mensagens em defesa da liberdade de expressão, além de entoarem cantos religiosos e nacionalistas. Muitos vestiam verde e amarelo e levavam bandeiras do Brasil.

Pressão sobre o Congresso

O movimento pressiona parlamentares aliados no Congresso Nacional a avançarem com projetos de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, data em que centenas de pessoas foram presas após os ataques ao Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal.

Segundo os organizadores, o protesto pretende ser “pacífico, democrático e patriótico”, com o objetivo de sensibilizar o Legislativo. No entanto, juristas e entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já se posicionaram contra qualquer tipo de anistia para crimes como tentativa de golpe de Estado, depredação do patrimônio público e ataques à democracia.

Segurança reforçada

A Polícia Militar de São Paulo reforçou o policiamento na região da Paulista, com bloqueios, revistas e drones de monitoramento. Não houve registro de incidentes até o momento.

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