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Maju Passos é bailarina, empresária, gestora cultural e sócia da escola Maria Felipa. Ela conta como trabalha na administração da escola, junto com a influenciadora Bárbara Carine (@uma_intelectual_diferentona), que atende a pluralidade infantil, com crianças negras, brancas e indígenas convivendo no mesmo ambiente.

“Bárbara fundou a escola Maria Felipa para criar um ambiente seguro pra filha dela, Yana, uma menina negra, que é pela via também que me torno sócia, já que meu filho é lido socialmente como branco. Nos encontramos nesse lugar de mães que precisam de um espaço seguro para suas crianças, então a escola surge nesse contexto e desenvolvemos um trabalho para isso”, comenta.

 

Apesar de ser uma escola privada, a instituição disponibiliza vagas para crianças negras e indígenas em situação de vulnerabilidade social promovendo temáticas que não são tão asseguradas em escolas tradicionais.

“É uma escola privada, mas temos todo tipo de criança. Temos um projeto de vulnerabilidade social onde essas vagas são disponibilizadas. É uma escola diversa e para todas as crianças”.

“A gente trabalha com diferentes linguagens através da literatura, da busca por uma narrativa que não foi contada nos livros de história. A gente traz uma linha do tempo que abarca toda a história dos povos africanos e essa linha do tempo que embasa a gente para trabalhar nessa busca dos saberes africanos e indígenas”, expressa Cris, diretora da escola.

Questionada sobre a educação brasileira e o impacto social da Maria Felipa, Maju é enfática.

“Estamos bem distantes de termos uma educação comprometida com a diversidade e com o desenvolvimento humano das crianças. A Maria Felipa, preocupada com isso, cria estratégias para que a gente combata o racismo institucional. Infelizmente, ainda em 2023, temos diversas denúncias de racismo em escolas privadas e/ou públicas, então, esse cenário sinaliza o quão importante é uma educação antirracista e o quão importante é que essa pauta seja trabalhada em todas as escolas”, finaliza.

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