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Janja admite críticas ao TikTok durante jantar com Xi Jinping e defende posição: “Luto por um espaço digital respeitado”

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, confirmou nesta segunda-feira (20) ter feito críticas ao TikTok diretamente ao presidente da China, Xi Jinping, durante jantar oficial ocorrido na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático. O episódio, que vazou por integrantes da própria comitiva brasileira, gerou desconforto no Planalto e abriu uma nova frente de ataques da oposição ao governo.

Segundo relatos, Janja expressou preocupação com os efeitos nocivos da plataforma nas crianças e mulheres brasileiras, tema que voltou a abordar publicamente durante um evento em Brasília. “Por mais que algumas pessoas se sintam incomodadas ou achem que não cabe a mim falar, reforço aqui meu compromisso de seguir lutando por um espaço digital respeitado, principalmente, porque me preocupo imensamente com as mulheres e crianças deste país, as principais vítimas dos crimes digitais”, afirmou.

A fala, feita em um ambiente formal e diplomático, foi considerada uma gafe por setores do governo e diplomatas, que temem impactos nas relações bilaterais com a China — principal parceiro comercial do Brasil. A oposição ampliou as críticas, alegando que Janja teria ultrapassado limites institucionais ao intervir em temas sensíveis sem cargo público oficial.

O deputado Fabiano Lana (PL-MG), por exemplo, afirmou: “Janja adentrou em terrenos perigosos de flerte com ditadores, e suas ações em território chinês não parecem ser compatíveis com quem tem a democracia como valor primeiro”.

Na Câmara dos Deputados, ao menos oito requerimentos foram apresentados por parlamentares da oposição pedindo detalhes sobre os custos das viagens internacionais da primeira-dama, incluindo deslocamentos à Rússia e à China.

O Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre os pedidos, mas interlocutores do governo afirmam que Janja não recuará de suas pautas, especialmente nas áreas de direitos digitais, combate à desinformação e proteção de públicos vulneráveis nas redes sociais.

A polêmica reforça a posição ativa da primeira-dama no debate público e reacende discussões sobre limites institucionais de atuação de familiares do presidente, além de alimentar o embate político sobre os rumos da diplomacia brasileira em temas ligados à governança digital.

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