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Mais de 480 mil aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) procuraram a instituição nesta quarta-feira (15) para denunciar descontos não autorizados em seus benefícios. O volume de queixas foi registrado no primeiro dia de abertura para notificações via aplicativo Meu INSS, após a revelação de um esquema de fraudes que desviou aproximadamente R$ 6,9 bilhões entre 2019 e 2024.

De acordo com informações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), os descontos teriam sido realizados em favor de 41 entidades associativas que não foram reconhecidas pelos beneficiários. O escândalo resultou na exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

O novo presidente do INSS, Gilberto Waller, pediu tranquilidade aos segurados. “Todo mundo começou uma correria para acessar os aplicativos e o 135, mas não há prazo para terminar. Todos que tiveram descontos indevidos serão ressarcidos”, garantiu. Waller afirmou ainda que será feita uma campanha de “busca ativa” para localizar e compensar os afetados. No entanto, o primeiro dia foi marcado por instabilidades no app Meu INSS e congestionamento nas ligações para o número 135.

Verba concentrada em ONG ligada ao PT também levanta suspeitas

Enquanto o escândalo no INSS se desdobra, uma apuração do jornal O Globo revelou que o Ministério do Desenvolvimento Social concentrou R$ 640,1 milhões — 85% da verba destinada ao programa de cisternas — em uma única organização não governamental: a Associação Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (P1MC). A entidade é dirigida por integrantes ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Parte dos recursos foi repassada a outras instituições controladas por ex-integrantes do governo do Piauí durante a gestão de Wellington Dias, atual ministro da pasta. O ministério, por sua vez, negou qualquer irregularidade e afirmou que vínculos político-partidários das ONGs contratadas não foram critério de seleção.

Os casos expõem fragilidades na gestão de recursos públicos em áreas sensíveis, como a seguridade social e o abastecimento hídrico no Semiárido, e reacendem o debate sobre governança, transparência e fiscalização de entidades contratadas pelo governo federal.

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