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Executivos alertam: Inteligência Artificial pode eliminar metade dos empregos básicos em até cinco anos

A transformação provocada pela inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho já é encarada como inevitável — e potencialmente devastadora. O alerta foi feito por Dario Amodei, CEO da Anthropic, durante recente declaração pública. Segundo ele, a disseminação acelerada da IA poderá eliminar até 50% dos empregos de nível básico em áreas como tecnologia, direito, finanças e consultoria. O impacto seria uma taxa de desemprego entre 10% e 20% já nos próximos cinco anos.

“Empresas e governos precisam parar de fingir que essa mudança não está acontecendo”, disse Amodei, argumentando que o maior risco seria a velocidade da substituição em massa. Como possíveis soluções, o executivo propôs um conjunto de medidas: conscientização pública, regulamentação do setor, programas de requalificação profissional e até a criação de um “imposto simbólico” sobre o uso de IA, com o objetivo de promover a redistribuição de riqueza.

A declaração do CEO da Anthropic se soma a uma crescente inquietação sobre o avanço dos modelos de IA generativa, como ChatGPT e Gemini, que já superam especialistas humanos em diversas tarefas complexas. Um estudo internacional liderado por instituições como o MIT Media Lab e a UFABC testou 322 questões inéditas de virologia — e o ChatGPT-4 teve um desempenho acima da média de 94% dos virologistas, com 43,8% de acerto.

Esse avanço também motivou iniciativas no campo da ética digital e da educação. Reed Hastings, cofundador e ex-CEO da Netflix, passou a integrar o conselho de diretores da Anthropic. Além disso, doou US$ 50 milhões ao Bowdoin College, nos Estados Unidos, para fomentar pesquisas sobre os impactos sociais da IA e construir estruturas éticas que orientem seu uso responsável.

Hastings, que já atuou nos conselhos de empresas como Facebook, Microsoft e Bloomberg, reconhece que a IA não afeta apenas o emprego, mas relacionamentos, aprendizado e a própria estrutura da sociedade. Para ele, entender e gerenciar esse impacto é uma das tarefas mais urgentes da atualidade.

Com a crescente capacidade dessas tecnologias e a velocidade de sua adoção por empresas e governos, cresce também a pressão por respostas concretas. Especialistas defendem que a antecipação de políticas públicas — em vez de reações tardias — será determinante para mitigar os efeitos negativos da automação e garantir uma transição justa para a era da inteligência artificial.

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