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O guia turístico indonésio Ali Musthofa, de 20 anos, que acompanhava a publicitária brasileira Juliana Marins na subida ao Monte Rinjani, falou pela primeira vez sobre o caso que terminou com a morte da jovem em junho deste ano. Em entrevistas concedidas a canais do YouTube e divulgadas na última sexta-feira (1º), Ali pediu desculpas à família de Juliana, ao Brasil e ao povo indonésio.

“Sinto muito por tudo que aconteceu. Se eu pudesse voltar no tempo, arriscaria minha vida ao máximo para tentar salvar Juliana, mas Deus quis diferente. Peço desculpas à família dela, à grande família do júri e ao povo do Brasil pelo meu fracasso. E aos indonésios me desculpo por fazer a Indonésia parecer mal nessa situação”, afirmou o guia.

Ali relatou que, durante a caminhada, Juliana pediu uma pausa e ficou um pouco atrás do grupo. Ele disse ter pedido permissão a ela para alcançar os demais e verificar se estavam bem, oferecendo água e biscoitos, já pensando no esforço para chegar ao topo. Segundo ele, Juliana se sentou em um local que considerou seguro para descansar, e ele prometeu esperá-la no ponto seguinte da trilha.

Após aguardar cerca de meia hora e perceber que Juliana não o alcançaria, o guia voltou ao local onde ela estava. No entanto, não a encontrou, apenas viu uma lanterna a aproximadamente 150 metros abaixo do ponto em que ela deveria estar, o que o deixou em pânico. Ele contou ter gritado para que ela ficasse parada e não se movesse, mas Juliana conseguia apenas pedir ajuda em inglês: “Help me”.

De acordo com imagens de drone feitas por turistas, Juliana estava inicialmente a cerca de 200 metros da trilha, e depois foi localizada a aproximadamente 600 metros, onde seu corpo foi resgatado por uma equipe de voluntários que enfrentaram dificuldades extremas, chegando a dormir pendurados no penhasco para alcançar a jovem. O pai de Juliana, Manuel Marins, informou que quando o corpo da filha foi encontrado no dia 23 de junho, ela já estava sem vida.

O caso sensibilizou familiares e gerou comoção no Brasil, além de levantar discussões sobre segurança em atividades turísticas em locais remotos. A missão de resgate, considerada uma das mais difíceis já realizadas na região, envolveu esforços de equipes locais e voluntários.

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