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Apesar da tentativa de articulação de última hora, o governo Lula enfrentou uma derrota expressiva na Câmara dos Deputados na noite desta segunda-feira (17), ao ver aprovado, com ampla maioria, o pedido de urgência para análise da medida provisória que propõe aumento de arrecadação, incluindo o reajuste no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A votação terminou com 346 votos a favor e 97 contrários, incluindo apoios de partidos considerados da base aliada, como PP, Republicanos, PSD, União Brasil e até o PDT.

A ofensiva do Palácio do Planalto incluiu o anúncio de liberação de R$ 2 bilhões em emendas parlamentares até o fim do mês e a presença da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no Congresso para tentar negociar diretamente com os líderes partidários. A investida, no entanto, não surtiu efeito.

Parlamentares chegaram a acenar com um acordo informal para adiar a votação da urgência por duas semanas, durante o recesso informal das festas juninas. Mas o entendimento não se sustentou e a matéria avançou no plenário. No MDB, apenas o deputado Hildo Rocha (MA) votou contra a urgência.

Mais cedo, Gleisi tentou amenizar o desgaste com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), frequentemente criticado por aliados do governo. A ministra afirmou que a relação entre Motta e o presidente Lula é marcada por “respeito, responsabilidade e firmeza”.

O Planalto demonstrava confiança na reversão do cenário, tanto que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou de férias, deixando o comando da pasta com o secretário-executivo, Dario Durigan. Já Lula está no Canadá, onde participa como convidado da Cúpula do G7.

Diante da derrota, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), liberou a bancada para votar como preferisse. Os parlamentares prometeram que apenas a urgência será votada nesta semana. Se vão cumprir, só após os festejos juninos.

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