0
Governo e setor produtivo exportador  discutiram, em Brasília, alternativas como exclusão de produtos e redução de alíquotas
O Governo do Estado participou, nesta quarta-feira (7), de reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em Brasília, para discutir estratégias que mitiguem os impactos da nova tarifa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
O secretário da Casa Civil da Bahia, Afonso Florence, representou o governador Jerônimo Rodrigues. Florence lidera o Grupo de Trabalho estadual criado para enfrentar os efeitos do chamado “tarifaço”. Também participariam, remotamente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique; o superintendente da entidade, Vladson Menezes; além da presidente-executiva da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau, Anna Paula Losi; e o diretor de relações institucionais da Abiquim, Marcelo Pimentel.
Durante a reunião desta quarta, foram discutidas, com o Governo Federal, propostas emergenciais e estruturantes com foco na exclusão de produtos baianos da lista de sobretaxação dos EUA e na possibilidade de redução de alíquotas, como forma de preservar a competitividade da indústria e os empregos no estado. O encontro é um desdobramento da agenda realizada na última segunda-feira (5), quando o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente da FIEB apresentaram os primeiros pleitos ao vice-presidente e ministro da Indústria Geraldo Alckmin, resultado do Grupo de Trabalho (GT) criado pelo governo baiano com participação da FIEB e demais representantes do setor produtivo exportador.
“Tivemos uma reunião produtiva com o setor industrial baiano e com o Ministério da Indústria e Comércio para tratar dos impactos das tarifas americanas. Setores estratégicos da nossa economia, como petroquímica, pneus, celulose e cacau, foram ouvidos. Estabelecemos um canal permanente de monitoramento com o Governo Federal e, nas próximas semanas, devemos avançar no detalhamento de medidas que serão anunciadas pelo Governo Federal e, conforme o andamento, também pelo Governo da Bahia. Nosso compromisso, seguindo a orientação do governador Jerônimo Rodrigues, é garantir que a Bahia tenha voz ativa nesse processo, protegendo empregos, assegurando competitividade e construindo soluções concretas para os impactos que ameaçam a base produtiva do estado”, declarou o secretário da Casa Civil, Afonso Florence.
Impactos do Tarifaço
Segundo estimativas do Observatório da Indústria da FIEB, a efetivação das tarifas pode resultar em uma retração de 0,27% no PIB estadual, o que representa uma perda de R$ 1,3 bilhão. Além disso, cerca de 210 mil trabalhadores estão empregados em setores industriais da Bahia que exportam para os Estados Unidos — incluindo a indústria petroquímica, cacau e derivados, metalurgia (ferroligas), mineração, têxtil, cosméticos e produtos da agricultura familiar, como frutas, café, mel e pescados.
 
Medidas apresentadas
Na reunião, também foram discutidas diversas medidas de apoio financeiro emergencial às empresas impactadas como: a aceleração de compensações tributárias, alternativas de regulações para proteger o setor produtivo, ampliação do Reintegra e articulação diplomática para levar as demandas baianas à Organização Mundial do Comércio (OMC), a proposta de inclusão dos produtos afetados nas listas de exceção tarifária (LETEC) e desequilíbrios comerciais (LDCC) também foi defendida.
Durante a reunião, o chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Pedro Guerra, destacou o comprometimento do Governo Federal com a escuta ativa das demandas regionais. Ele afirmou que o ministério está atento às preocupações apresentadas pelo Governo da Bahia e pelo setor produtivo, reconhecendo a gravidade dos impactos provocados pelas tarifas americanas. “Estamos atentos às demandas colocadas pelo Governo da Bahia e pelo setor produtivo. Esse diálogo é fundamental para que possamos construir, juntos, as medidas mais eficazes diante desse cenário. O Governo Federal está comprometido em ouvir, articular e apresentar soluções que realmente façam diferença, considerando as especificidades regionais e os desafios nacionais”, afirmou.
O GT permanece em articulação com os ministérios envolvidos e deve, nos próximos dias, evoluir para a criação de um Comitê Conjunto de Comércio Exterior (CCEX), que reunirá o futuro Comitê Estadual de Comércio Exterior (CECEX) e a FIEB. O objetivo é garantir planejamento estratégico contínuo, monitoramento dos impactos e maior capacidade de resposta diante dos desdobramentos internacionais.
Fonte: SECOM

Instagram libera reposts de publicações no perfil e testa mapa com localização de amigos

Artigo anterior

Hospital Regional da Chapada realiza cirurgia em paciente de 100 anos para tratar lesão no fêmur

Próximo artigo

Você pode gostar

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais sobre Notícias