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Greenpeace denuncia explosão do garimpo ilegal no Rio Madeira: 542 balsas em operação entre RO e AM

Um novo monitoramento realizado pelo Greenpeace Brasil entre os dias 15 e 18 de julho revelou um salto alarmante na atividade de garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira. O número de balsas operando no leito do rio cresceu 400% em comparação ao início do ano. Foram identificadas 542 embarcações em 22 pontos entre Calama (RO) e Novo Apuranã (AM), contra 130 registradas entre janeiro e fevereiro.

As balsas, equipadas com dragas, atuam na extração de ouro, escavando o fundo do rio em áreas próximas a territórios sensíveis, como a reserva extrativista Lago do Cuniã e a terra indígena Lago Jauari. A presença crescente dessas embarcações em áreas protegidas acende o alerta para os impactos ambientais e sociais da atividade, que avança sobre a Amazônia sem controle efetivo.

O Greenpeace utiliza imagens de radar do satélite Sentinel-1, da Agência Espacial Europeia, para identificar a presença e os deslocamentos das embarcações, prática que a organização ambiental adota desde 2021 para denunciar o avanço do garimpo ilegal na região.

A expansão da atividade garimpeira representa riscos diretos à biodiversidade, à qualidade da água e à segurança alimentar das populações ribeirinhas e indígenas. O uso de mercúrio, comumente empregado na separação do ouro, também preocupa especialistas pela contaminação de rios e peixes.

A organização ambiental cobra ações mais efetivas do governo federal para coibir o avanço da mineração ilegal, que cresce mesmo diante das promessas de fiscalização e proteção dos biomas amazônicos.

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