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O filme Vitória, estrelado por Fernanda Montenegro, chegou aos cinemas em todo o Brasil nesta semana e traz à tona a história real de Joana Zeferino da Paz, uma mulher que se tornou uma heroína ao denunciar crimes de narcotráfico no Rio de Janeiro, e que, por isso, teve sua vida radicalmente transformada.

Joana, que foi interpretada por Fernanda Montenegro no longa, viveu sob o nome de “Vitória” após entrar no Programa de Proteção à Testemunha, no Rio de Janeiro, quando começou a flagrar atividades ilícitas na favela da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, através de uma câmera VHS. Ao longo de sua vida, ela ajudou a colocar mais de 30 pessoas na cadeia, entre traficantes e até policiais corruptos. Por questões de segurança, ninguém deveria saber sua verdadeira identidade até o momento de sua morte, em agosto de 2023, aos 97 anos.

Entretanto, Joana nunca gostou de ser chamada de “Dona Vitória” e fazia questão de manter seu nome original, Joana Zeferino da Paz, mesmo depois de sua mudança para a Bahia. Em Salvador, onde viveu por 17 anos após a mudança forçada do Rio de Janeiro, ela encontrou apoio e amizade. Vizinhos, como Paulo Bevilacqua, que a conheceu em 2017, descrevem Joana como uma pessoa carinhosa, alto-astral e com grande coragem. “Dona Joana foi a mãe que eu não tive. Ela me chamava de filho, chamava de anjo”, relembra Paulo, que desenvolveu uma relação tão forte com Joana que nomeou sua filha em sua homenagem.

O filme Vitória é inspirado no livro Dona Vitória da Paz, do jornalista Fábio Gusmão, e revela a história de coragem e resistência dessa mulher, que, ao filmar os crimes de sua comunidade, desafiou o sistema e contribuiu decisivamente para a prisão de criminosos. Dirigido por Breno Silveira e Andrucha Waddington, o longa celebra a história de uma mulher que, apesar de uma infância difícil e marcada pela pobreza, encontrou força para lutar pela justiça, tornando-se um exemplo de coragem e resiliência.

O filme está em cartaz nos cinemas e traz à tona não apenas o heroísmo de Joana, mas também a luta de mulheres como ela, que, mesmo em situações adversas, contribuem para mudar a realidade de suas comunidades. A história de Joana Zeferino, agora imortalizada na tela grande, é uma verdadeira homenagem a uma mulher que dedicou sua vida a combater o crime e a injustiça.

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