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Uma comitiva do governo Donald Trump, liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções dos Estados Unidos, se reuniu nesta terça-feira (7) com representantes técnicos do Itamaraty e do Ministério da Justiça, em Brasília. O tema central do encontro foi o avanço do crime organizado transnacional e a atuação de facções brasileiras em território americano.

Segundo os norte-americanos, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) já operam em pelo menos 12 estados dos EUA, utilizando o país como rota para lavagem de dinheiro e coordenação de atividades criminosas. Diante do cenário, Washington voltou a solicitar que o Brasil declare oficialmente as facções como organizações terroristas.

As autoridades brasileiras, no entanto, rejeitaram novamente a proposta. De acordo com a legislação vigente no Brasil, para que um grupo seja enquadrado como terrorista, suas ações devem ter motivações políticas, religiosas, raciais ou étnicas — o que, segundo o governo, não se aplica ao caso das facções criminosas, cuja atuação tem natureza essencialmente econômica.

A visita da comitiva americana ocorre em meio ao crescente interesse internacional por cooperação no combate ao crime organizado, especialmente no contexto da América Latina. Fontes do Itamaraty destacaram que o Brasil está aberto à intensificação da cooperação técnica e policial com os EUA, mas resiste a adotar classificações que poderiam ter implicações jurídicas e diplomáticas mais amplas.

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