0

A partir de hoje, todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos, sem exceções, estão sujeitos a uma tarifa de 25% sobre a venda de aço e alumínio ao país, conforme anunciado por Washington em fevereiro. Essa medida impacta diretamente países como Canadá, Brasil e México, que figuram entre os maiores fornecedores de aço para os EUA. O Canadá, em particular, lidera com 20,9% das exportações, seguido pelo Brasil, com 16%, e México, com 11,1%, segundo dados do governo americano. No caso do Brasil, cerca de metade de sua produção siderúrgica destinada ao mercado externo vai para os Estados Unidos, o que coloca em risco uma parte significativa da indústria.

Em meio à iminência do impacto econômico causado pelo “tarifaço” de Donald Trump, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, se manifestou de forma firme. “Não adianta o Trump ficar gritando, porque não tenho medo de cara feia”, declarou Lula. “Fale manso comigo, fale com respeito comigo que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado.” Ele reiterou que o Brasil não busca ser superior a ninguém, mas também não aceita ser tratado como inferior. “Queremos ser iguais. Porque, sendo iguais, a gente aprende a se respeitar mutuamente”, afirmou, indicando a postura de resistência do governo brasileiro diante das tarifas.

Por outro lado, a União Europeia também não demorou a reagir. Em resposta à medida de Washington, o bloco anunciou que encerrará, no dia 1º de abril, a isenção de tarifas sobre produtos americanos e começará a aplicar novas medidas de retaliação a partir de meados de abril. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou o pesar pela necessidade de adotar tais medidas. “Tarifas são impostos. São ruins para o mercado e ainda piores para os consumidores”, afirmou. Ela acrescentou que as ações do bloco seriam “duras, mas proporcionais” e que a União Europeia ainda busca uma solução negociada com os Estados Unidos para evitar mais escaladas no comércio global.

O cenário de tensões comerciais entre os EUA e seus principais parceiros comerciais continua a se desenrolar, com impactos significativos não apenas para os países afetados diretamente, mas também para o equilíbrio das relações comerciais internacionais. A expectativa é que os próximos meses tragam novas movimentações no campo da diplomacia comercial, com os países buscando alternativas para mitigar os efeitos adversos das tarifas impostas por Washington.

Zelensky aceita cessar-fogo proposto pelos EUA, enquanto negociações entre potências continuam

Artigo anterior

Reforma ministerial de Lula ganha impulso, com Rodrigo Pacheco cotado para novo ministério

Próximo artigo

Você pode gostar

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais sobre Notícias