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Em uma medida polêmica, o governo dos Estados Unidos aprovou o envio de minas terrestres para a Ucrânia como parte de seu apoio militar ao país, que enfrenta a invasão russa desde fevereiro de 2022. Até o momento, os EUA haviam enviado minas antitanques para a Ucrânia, mas este é o primeiro envio de minas terrestres antipessoais, cujo uso é amplamente condenado por uma convenção internacional que, no entanto, não foi ratificada pelos Estados Unidos. A decisão de fornecer esse tipo de armamento gerou controvérsias, especialmente devido aos riscos elevados de dano a civis e ao impacto a longo prazo desses artefatos no território ucraniano.

Enquanto o envio das minas gerava repercussão, a situação na Ucrânia se agravava. A embaixada americana em Kiev foi fechada temporariamente após a recepção de “informações específicas” sobre um potencial ataque aéreo significativo, levando também o fechamento das embaixadas de Grécia, Espanha e Itália na capital ucraniana, todas por questões de segurança. A escalada do conflito foi exacerbada pela recente intervenção da Coreia do Norte, que enviou milhares de soldados para apoiar as forças russas. Para contrapor, os Estados Unidos autorizaram a Ucrânia a lançar mísseis de longo alcance contra alvos russos, ampliando a dimensão da guerra.

O cenário geopolítico também foi marcado por mais uma ação de veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU. Na última quarta-feira, os EUA impediram a aprovação de uma resolução que exigia cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, invadida por Israel após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023. O veto se deu pela ausência de uma condição essencial para os americanos: a libertação dos reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas. A proposta, patrocinada pela Guiana, não incluía essa exigência, o que levou ao bloqueio da resolução por parte de Washington.

Esses eventos refletem a intensificação das crises internacionais envolvendo os Estados Unidos, que seguem jogando um papel central em conflitos globais. O envio de armamento para a Ucrânia e a intervenção no Conselho de Segurança da ONU mostram a disposição do governo americano em influenciar diretamente o curso da guerra na Europa Oriental e os desdobramentos no Oriente Médio.

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