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O câncer de próstata, o segundo mais fatal entre os homens no Brasil, tem recebido novas perspectivas de tratamento com o estudo global Aranote. A pesquisa, liderada pela Bayer, testa a eficácia da darolutamida, uma nova droga no combate ao câncer de próstata metastático. O estudo contou com 17 centros de pesquisa no Brasil, com destaque para a Bahia, onde o Instituto Ética e o Centro de Pesquisa Clínica da Liga Contra o Câncer em Natal recrutaram o maior número de pacientes.

Os resultados preliminares do estudo mostram um avanço significativo: a combinação da darolutamida com a terapia de privação androgênica (ADT) pode reduzir o risco de progressão do câncer e de morte em até 46%. A pesquisa destaca a importância do tratamento em pacientes idosos, já que o câncer de próstata geralmente afeta homens mais velhos, que frequentemente lidam com múltiplas comorbidades. A darolutamida, com seu baixo perfil de efeitos colaterais, se apresenta como uma alternativa mais segura para esses pacientes, sem substituir as terapias existentes, mas funcionando como uma opção adicional.

A Bahia, com sua elevada taxa de incidência e mortes por câncer de próstata, é um ponto focal desse estudo. Somente até outubro de 2024, o estado registrou 2.122 internações e 1.144 mortes devido à doença. A especificidade do diagnóstico na Bahia, onde o câncer de próstata tende a ser mais agressivo entre a população negra, ressalta a importância de opções terapêuticas mais eficazes e acessíveis.

A darolutamida, já aprovada em mais de 85 países para o tratamento de câncer de próstata resistente à castração, vem se mostrando eficaz também nas fases precoces da doença. Sua função é bloquear o receptor de andrógenos, impedindo o crescimento das células tumorais ao neutralizar a estimulação residual da testosterona, um hormônio que pode impulsionar a progressão do câncer.

O estudo, que durou até 2022, teve a participação de pacientes de diversas idades, com uma mediana de 70 anos, muitos com a doença avançada. Embora alguns pacientes tenham falecido devido à gravidade da doença, muitos outros apresentaram sinais de controle da doença, com níveis indetectáveis de PSA (o antígeno que indica a progressão do câncer de próstata).

O avanço no tratamento do câncer de próstata, especialmente com medicamentos como a darolutamida, é um passo importante para reduzir as taxas de mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O oncologista Augusto Mota, presidente do Instituto Ética, destaca que a introdução desses novos medicamentos é um sinal de evolução no tratamento da doença, um câncer que continua a ser uma das principais causas de morte entre homens no Brasil.

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