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Em um cenário semelhante ao que aconteceu no Canadá, a esquerda australiana reverteu a tendência nas pesquisas e garantiu uma vitória nas eleições parlamentares realizadas no último sábado, assegurando mais um mandato para o primeiro-ministro Anthony Albanese, do Partido Trabalhista.

Até o início deste ano, o Partido Liberal, de centro-direita, liderava com folga, impulsionado pela insatisfação popular com o alto custo de vida e os preços elevados dos imóveis, questões que dominavam o debate político no país. No entanto, nas semanas que antecederam o pleito, os trabalhistas fizeram uma campanha agressiva, associando seu principal oponente, Peter Dutton, líder do Partido Liberal, à figura de Donald Trump, o que se mostrou uma estratégia eficaz.

A campanha dos trabalhistas foi eficaz em desgastar a imagem de Dutton, ao ponto de ele perder a cadeira que ocupava há 24 anos no Parlamento. A comparação com Trump, amplificada pela retórica política polarizadora, parecia ter ressoado com uma parte significativa do eleitorado, contribuindo para a virada no final da disputa.

A vitória de Albanese marca uma vitória simbólica para a esquerda australiana, que, assim como seus aliados no Canadá e em outras partes do mundo, conseguiu superar um cenário de descontentamento econômico, revertendo as expectativas em um momento decisivo.

A vitória trabalhista também reflete uma tendência global de ascensão de governos progressistas em meio à crise econômica e às crescentes desigualdades. O novo mandato de Albanese deverá ser focado em políticas de combate à desigualdade social, sustentabilidade e, provavelmente, em um fortalecimento da política externa australiana, que deve continuar a estreitar laços com as potências do Pacífico e da Ásia.

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