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CompartilheCompartilhe 0 A morte do papa Francisco encerra um dos pontificados mais marcantes da história recente da Igreja Católica — não por uma revolução doutrinária, mas por uma profunda transformação de estilo, prioridades e presença no mundo. Francisco foi um papa das ruas, não dos palácios. Um líder espiritual que recusou pompas, preferiu o cotidiano simples e aproximou-se dos que estavam à margem, física e espiritualmente. “Uma igreja pobre para os pobres”, como ele próprio declarou. Essa era a missão que o argentino Jorge Mario Bergoglio abraçou ao se tornar o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta no comando da Igreja. Segundo o colunista E.J. Dionne Jr., Francisco evitou deliberadamente as “armadilhas da realeza”, trocando os luxuosos apartamentos papais por uma residência modesta na Casa Santa Marta. No trato com os funcionários do Vaticano, agia mais como colega de trabalho do que como soberano. “Se você entender que pregar um Deus de misericórdia é fundamental para o seu ministério, todo o resto se encaixa”, observou o escritor católico Michael Sean Winters. Essa abordagem empática e pastoral não se limitou a gestos simbólicos. Como lembrou a jornalista Catherine Pepinster, havia profunda substância sob a recusa da pompa. Francisco fez da compaixão por refugiados, vítimas da guerra e pessoas afetadas pelas mudanças climáticas uma bandeira. Em 2015, lançou Laudato si’, uma das mais importantes encíclicas ambientais da história da Igreja, que apresentava argumentos científicos e teológicos para enfrentar o colapso climático. Era seu modo de lembrar que cuidar da Terra era também cuidar dos pobres — os que mais sofrem com a degradação ambiental. Francisco não só pregava isso: entregava pessoalmente cópias do documento a chefes de Estado, incluindo Donald Trump, em 2017. O desconforto com as narrativas prontas O papa Francisco desafiava categorias fáceis. Enquanto muitos o viam como símbolo de uma Igreja mais liberal, ele mantinha posturas firmes em questões tradicionais, como o aborto. Para o jornalista John J. Miller, Francisco foi “a voz mais poderosa do mundo em defesa dos nascituros”. Em suas palavras, não havia espaço para ambiguidades: “Um aborto é um homicídio… Mata um ser humano”, declarou, comparando médicos que realizam o procedimento a “assassinos de aluguel”. A contundência desses posicionamentos contrariava parte de seus simpatizantes e também desconcertava críticos mais conservadores, que, mesmo alinhados à sua defesa da vida, resistiam à sua abertura ao diálogo com a diversidade humana. Uma reforma inacabada Como avalia o pensador Francisco Borba Ribeiro Neto, a renovação proposta por Francisco é ainda uma “tarefa incompleta” — algo natural em uma instituição milenar como a Igreja Católica. Seu sucessor herdará um desafio duplo: consolidar uma Igreja mais acolhedora e misericordiosa, voltada aos marginalizados, mas também sensível à crescente demanda por ortodoxia e espiritualidade tradicional, num mundo cada vez mais polarizado. Francisco não deixou respostas fáceis, mas trilhou caminhos. Fez da humildade uma prática de governo. Substituiu dogmas autorreferenciais por escuta ativa. Levou a Igreja de volta às ruas — machucada, suja, como ele dizia, mas viva. E, ao fazê-lo, reacendeu uma pergunta essencial para o futuro do catolicismo: como ser fiel às raízes sem deixar de caminhar com o mundo? Na encruzilhada entre o Evangelho e os dilemas contemporâneos, Francisco foi o papa da misericórdia — e também o da coragem. Seu legado não será medido apenas pelos textos que escreveu ou pelas reformas que iniciou, mas pelas consciências que inquietou e pelas pontes que tentou construir, mesmo quando muitos preferiam muros.
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