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O empresário Elon Musk alegou que o ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, teria agido deliberadamente com a ajuda de ex-funcionários do Twitter para interferir na eleição presidencial de 2022 no Brasil. No entanto, Musk não apresentou provas que corroborassem suas afirmações sobre a suposta “interferência eleitoral”. Em uma postagem no X, a plataforma de redes sociais anteriormente conhecida como Twitter, Musk afirmou que havia “evidências crescentes” contra Moraes e convocou usuários a compartilharem qualquer prova que pudessem ter.

“Há evidências crescentes de que um juiz falso @Alexandre se envolveu em interferência eleitoral séria, repetida e deliberada na última eleição presidencial do Brasil. Pela lei brasileira, isso significaria até 20 anos de prisão,” escreveu Musk. Ele também afirmou que alguns ex-funcionários do Twitter foram cúmplices na suposta ação e pediu que qualquer pessoa com exemplos ou evidências respondesse à postagem.

A eleição presidencial de 2022 no Brasil foi marcada por uma acirrada disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 50,9% dos votos, e Jair Bolsonaro (PL), que ficou com 49,1%. As alegações de Musk sobre a interferência eleitoral não foram acompanhadas de provas concretas e foram amplamente questionadas.

A reportagem procurou a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF), do TSE e do Planalto para comentar as declarações de Musk, mas ainda não recebeu retorno. Em resposta às acusações, Moraes determinou o bloqueio do X no Brasil na última sexta-feira (30). Na madrugada de sábado (31), a plataforma começou a sair do ar em todo o país, e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que todos os provedores foram acionados para cumprir a determinação.

O embate entre Musk e as autoridades brasileiras não é recente. O bilionário tem realizado uma série de ataques a Moraes e às instituições brasileiras nos últimos meses. No sábado (31), o X criou um perfil específico, “Alexandre Files”, para divulgar supostas decisões sigilosas proferidas por Moraes. A criação do perfil é uma reação ao bloqueio imposto pelo ex-presidente do TSE, que determinou a suspensão imediata da rede social no Brasil por descumprimento de ordens judiciais.

“Hoje, começamos a lançar luz sobre os abusos cometidos por Alexandre de Moraes em face da lei brasileira,” anunciou o primeiro “tweet” do perfil “Alexandre Files”. Musk alega que está compartilhando essas ordens para trazer transparência e permitir que as pessoas censuradas possam contestar as decisões.

Em abril, Musk foi incluído como investigado no inquérito das milícias digitais por ordem de Moraes, que também determinou a abertura de uma investigação para apurar possíveis delitos cometidos pelo bilionário, incluindo obstrução de Justiça e incitação ao crime.

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