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Percorrer os quatro circuitos do Carnaval de Salvador não é tarefa fácil. Mas para quem transforma a festa em pauta e a pauta em festa, é um desafio irresistível. Beatriz viveu intensamente cada detalhe do maior Carnaval de rua do mundo e, mais do que contar histórias, se tornou parte delas. Do icônico Circuito Dodô (Barra-Ondina) à energia pulsante do Osmar (Campo Grande), passando pelo alternativo Batatinha (Pelourinho) e o vibrante Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina), ela viu de perto a grandiosidade da festa e a estrutura que a sustenta.

Já na abertura oficial, a chuva não foi capaz de desanimar foliões e artistas, que transformaram as ruas em um espetáculo de resistência e animação. No Circuito Osmar, o desfile da BaianaSystem arrastou uma multidão em uma apresentação eletrizante, mostrando que o Carnaval também é feito de identidade e força cultural. Para quem queria uma experiência mais intimista, o Batatinha se revelou um refúgio, permitindo aos foliões aproveitarem Salvador sob outra perspectiva. E enquanto a música pulsava nos trios e palcos alternativos, a diversidade do Carnaval se fazia presente.

Este ano, o ritmo que deu origem a essa festa completou 40 anos. O Axé, que nasceu na Bahia e conquistou o Brasil, foi celebrado com a grandiosidade que merece. Clássicos que marcaram gerações embalaram a multidão, provando que essa música é parte essencial da identidade do povo baiano. Mas o Carnaval de Salvador não se limita a um único gênero. Do samba ao pagode, do eletrônico ao reggae, passando pelo afropop e pela nova MPB, a pluralidade sonora foi um dos grandes destaques desta edição, garantindo que todos encontrassem seu espaço nessa festa sem fronteiras.

Com milhões de foliões nas ruas, a segurança era um dos pontos mais sensíveis do evento. E, ao longo dos dias, ficou evidente que o planejamento funcionou. Com mais de 20 mil profissionais de segurança pública, policiamento ostensivo e tecnologia de reconhecimento facial, Salvador mostrou que é possível fazer uma festa dessa magnitude com organização e controle. Em todos os circuitos, o monitoramento foi constante, os acessos bem estruturados e o patrulhamento eficiente, garantindo que foliões e trabalhadores curtissem o Carnaval com tranquilidade.

A acessibilidade também foi um ponto forte. O transporte gratuito para pessoas com deficiência, os espaços reservados para cadeirantes e idosos e a preocupação em criar um ambiente inclusivo reforçaram que essa festa é para todos.

Beatriz concluiu sua cobertura com uma certeza: o Carnaval de Salvador, reconhecido pelo Guinness Book como o maior do mundo, provou que pode crescer sem perder a segurança e a organização. E quem esteve lá sabe que essa festa é, de fato, um espetáculo único de cultura, música e pertencimento.

Fotos: Vitor Santos/Ag Haack e Foto: Alfredo Filho/ Secom

Com essa matéria, encerramos nossa terceira cobertura consecutiva do Carnaval de Salvador. Este ano, além da equipe de reportagem, tivemos uma estrutura completa que tornou essa cobertura possível. Profissionais incansáveis de edição, fotografia, cinegrafia, produção, motoristas, equipe de tecnologia e suporte, além da equipe de segurança e logística, trabalharam nos bastidores para garantir que cada detalhe chegasse até você com qualidade e precisão. Porque o Carnaval não se faz sozinho – e contar essa história também não. Só quem se entrega de verdade a essa festa pode traduzir suas emoções e dimensões com autenticidade. E foi isso que buscamos levar até você: o brilho nos olhos, o calor da multidão, o ritmo dos trios e a energia única dessa celebração que, ano após ano, reafirma por que é a maior do mundo.

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