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CompartilheCompartilhe 0 Até dias antes da compra bilionária da Amil, em dezembro do ano passado, o empresário José Seripieri Filho, o Junior, foi pressionado pela Qualicorp na Justiça, sob a acusação de dar um calote de R$ 7 milhões em um negócio com a operadora de saúde fundada por ele. A disputa fez com que um fundo ligado ao bilionário fosse bloqueado e colocou em risco a aquisição da Amil quando um acordo em torno dela estava na iminência de ser costurado. Em meio à guerra, Junior chegou a ser acusado de parar de pagar valores devidos à Qualicorp e dar um perdido na empresa. A operadora subiu o tom e acusou o empresário, conhecido por ser bilionário, de não ter um centavo em suas contas bancárias e usar um fundo de investimentos para blindar sua fortuna. Junior correu para depositar a quantia milionária na Justiça porque um bloqueio judicial obtido pela Qualicorp, segundo ele, atingiria a principal garantia oferecida na compra da Amil: um fundo de investimentos que reúne quase todos os seus ativos. Após o pagamento, o empresário e sua antiga empresa afirmam hoje negociar um acordo para que a ação seja encerrada na Justiça. O primeiro recuo após a compra da QSaúde O negócio no centro da briga foi a compra da operadora QSaúde, que pertencia à Qualicorp, por R$ 51 milhões, em 2020. À época, a transação fez parte da saída de Junior Seripieri da Qualicorp. Fundada por ele em 1997, a operadora de saúde se tornou uma gigante do ramo e tinha valor de mais de R$ 7 bilhões na bolsa de valores à época. E a QSaúde era vista como uma start-up e parte de seu império. Além da compra da QSaúde, o empresário assumiu compromissos, como o de não competir com a Qualicorp por seis anos e manter R$ 225 milhões em ações da empresa. Ainda em 2020, Junior apresentou a primeira resistência em cumprir esse acordo. Disse à direção da Qualicorp que havia pensado melhor e queria “reequilibrar” o negócio sob justificativa de que a pandemia havia trazido um clima de incerteza na economia e poderia ter provocado inclusive a desvalorização da QSaúde. Empresário citou reação “egoísta” e pediu tempo para “refletir” Junior acionou uma câmara de arbitragem, uma espécie de tribunal privado, para mediar o conflito e notificou a cúpula da Qualicorp. No processo privado e sigiloso, ele disse que recebeu uma resposta rude da empresa. Segundo ele, a Qualicorp “foi agressiva, irracional, desmedida e sobretudo egoísta” em reação ao pedido de renegociação dos termos da compra da QSaúde. Junior ainda relatou que depois do pedido a empresa parou de cumprir cláusulas do negócio, como contratações e operações financeiras importantes para dar continuidade à QSaúde. Em uma petição à câmara de arbitragem, disse ainda que queria “refletir o justo valor da QSaúde”. Mesmo com um primeiro desentendimento, ao fim do processo na câmara privada, Junior e a Qualicorp chegaram a um acordo que manteve o valor da venda da QSaúde, e o parcelou em 120 meses. Após acordo, dinheiro para de chegar No início de 2023, Junior, repentinamente, parou de pagar as parcelas. A Qualicorp enviou e-mails para cobrar os valores, mas ficou sem resposta. O mesmo aconteceu após intimação por meio dos advogados. Decidiu processá-lo, inicialmente, para cobrar R$ 3 milhões atrasados. Mas os meses se passaram, a dívida mais do que dobrou, e a Qualicorp pediu o bloqueio de contas de Junior à Justiça. A Qualicorp também pediu o bloqueio de um fundo de investimentos gerido pelo BTG Pactual para o qual, por meio de um contrato, ele havia repassado suas obrigações e a condição de “comprador” da QSaúde logo após sua aquisição. A Justiça autorizou o pedido e não encontrou um centavo nas contas do fundo. A Qualicorp pediu, dessa vez, a pesquisa de declarações de imposto de renda e de veículos em nome do fundo do BTG. Também pediu a inscrição no cadastro de inadimplentes. Foi quando a defesa de Junior se manifestou. Ofereceu três imóveis como garantia de pagamento da dívida. A Qualicorp não aceitou, sob o argumento de que Junior teria recursos paga pagar a dívida por estar inclusive listado como um bilionário em uma publicação da revista Forbes. E, pediu o bloqueio de suas contas, com uso da teimosinha – uma ferramenta da Justiça que aplica, todos os dias, novos bloqueios nas contas de seu alvo até resgatar todo o dinheiro da dívida. Dessa vez, a ordem judicial teve efeito. Em novembro de 2023, o sistema do Banco Central confiscou R$ 6 milhões das contas de Junior Seripieri, um saldo que quase cobriria toda a dívida. Junior protestou. Sua defesa afirmou que a quantia bloqueada vinha de um fundo de investimentos cujas regras impõem que cada resgate de valores seja sucedido de um período de um ano sem movimentar dinheiro lá depositado. Argumentou ainda que todo o seu patrimônio estava integralizado a esse fundo. Qualicorp acusou Junior de “blindagem” A Qualicorp, mais uma vez, rebateu. E subiu o tom. Disse ser impossível que um bilionário como Junior não tivesse nada fora de um fundo. A empresa disse que a estratégia do empresário é de “ocultar todo o seu patrimônio” e “selecionar bens menos líquidos”, como imóveis, cuja penhora é mais demorada, para “frear” execuções de dívidas. “O executado [Junior] se recusa a resgatar do fundo o numerário necessário para saldar sua dívida perante as exequentes – e, ainda, se utiliza do referido veículo para se “blindar” de constrições judiciais contra ele dirigidas via Sisbajud – o que reclama a adoção de medidas coercitivas direta”, disse a Qualicorp. O empresário, então, se rendeu e, no dia 18 de dezembro, depositou R$ 7,5 milhões em uma conta judicial. Pediu urgência para que a Justiça, então, desbloqueasse o dinheiro. O juiz plantonista, inicialmente, não viu urgência e não levantou imediatamente os valores. Junior cita negócio da Amil para pedir desbloqueio A defesa do empresário, no dia seguinte, disse que a manutenção da penhora “inviabilizará uma importantíssima operação estratégica” e “ainda sigilosa”, porque, segundo os advogados, “as cotas penhoradas servirão como garantia da operação”. Ele fazia referência aos passos finais da compra da Amil, que estava nos últimos passos da negociação. Sem poder usar o fundo como garantia, o negócio poderia fracassar. O juiz silenciou, e só viria a desbloquear o dinheiro no dia 10 de janeiro de 2024. Mesmo assim, antes disso, e dias após o último apelo de Junior pela liberação do fundo, no dia 22 de de dezembro passado, o empresário acabou fechando o negócio bilionário. O conselho da United Health Group (UHG) aprovou a venda da Amil a Junior, por R$ 11 bilhões ao empresário. Do total, R$ 2 bilhões serão pagos, de fato, ao grupo estrangeiro. O restante é correspondente a dívidas que Junior assume ao fazer a compra. Agradecimentos a Lula e a André Esteves Em tom de comemoração, o empresário agradeceu a dois amigos: o banqueiro André Esteves, dono do BTG, e o presidente Lula. O primeiro pela participação “incrivelmente profissional”. O segundo, pela “inspiração” de sua “resiliência”. Disse que vai melhorar a saúde suplementar no Brasil. O time de investment banking do BTG atuou na coordenação do negócio da Amil. Documentos da QSaúde registrados na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) mostram a importância de fundos do banco nos negócios de Junior. Nos quadros da empresa, ele aparece apenas como seu diretor. Os R$ 343 milhões de capital da QSaúde são de um fundo do BTG, o mesmo para o qual ele repassou, contratualmente, os direitos de comprador da empresa à época do negócio com a Qualicorp. Já com Lula, Junior tem amizade próxima. Compareceu a eventos políticos, como o natal dos catadores, frequentado anualmente pelo presidente, ao casamento de Lula com Janja, em 2022, e fretou um jatinho para o presidente ir à Cop27, no Egito, no fim de 2022, após as eleições. Junior e Qualicorp costuram acordo Apesar de ter pago para se livrar do bloqueio e a própria Qualicorp ter concordado com a derrubada do confisco, a ação judicial continua em andamento e pendente de um desfecho. Há uma negociação em curso para que o empresário e a operadora cheguem a um acordo sobre os pagamentos reivindicados pela Qualicorp. O advogado Luis Gustavo Bichara, que defende Junior, afirmou que “existem nesse momento tratativas avançadas em torno de um acordo, e tudo indica que chegaremos a uma solução consensual em breve”. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa afirmou que “estão avançadas as conversas no caminho de se chegar a uma solução consensual para se encerrar o caso definitivamente”. “Acredita-se que em breve o acordo será assinado”, afirma. Procurado, o BTG não se manifestou.
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