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Em um dos casos mais emblemáticos do movimento #MeToo na França, o diretor francês Christophe Ruggia foi condenado ontem a quatro anos de prisão por agressão sexual contra a atriz Adèle Haenel. A sentença prevê dois anos de prisão em regime domiciliar com monitoramento eletrônico. A condenação ocorre seis anos após Haenel tornar públicas as denúncias de agressões, que ocorreram durante as filmagens do filme Les Diables, em 2001, quando a atriz tinha apenas 12 anos.

Ao revelar os abusos que duraram três anos, Haenel colocou sua própria carreira em risco, fazendo as acusações antes mesmo de o movimento #MeToo ganhar força na França. O caso se tornou um marco na luta contra o assédio e abuso sexual na indústria cinematográfica, evidenciando o impacto de tais denúncias no cenário cultural francês.

Em uma reflexão sobre o movimento #MeToo, a atriz vencedora do Oscar Cate Blanchett expressou, em entrevista à revista Porter, que, apesar da enorme repercussão que o movimento causou na indústria, ele nunca conseguiu se estabelecer de forma profunda. “As pessoas estavam tentando desmantelar e desacreditar aquelas vozes que estavam apenas começando a sair debaixo das tábuas do assoalho para a luz. Acho bastante angustiante a maneira como ele não criou raízes”, afirmou a atriz, que compartilhou suas preocupações sobre o impacto duradouro do movimento.

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