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A mais grave estiagem em quatro décadas, que afeta 16 estados e o Distrito Federal, tem sido um fator crucial para os incêndios que devastam diferentes regiões do Brasil. Os dados recentes do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que analisam a seca desde 1981, indicam que, entre maio e agosto deste ano, 69% dos municípios brasileiros enfrentam algum nível de seca, com 1.313 deles em situação de seca severa.

A falta de chuvas é atribuída ao fenômeno El Niño do ano passado e à La Niña no Atlântico, que causou o resfriamento das águas na costa da África, enfraquecendo o fluxo de ventos úmidos para o Brasil. Este cenário crítico tem contribuído para o aumento dos incêndios, principalmente na Amazônia e no Pantanal.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, determinou a mobilização urgente das forças de segurança para combater os incêndios na Amazônia e no Pantanal, que podem ter origem criminosa. Dino também ordenou a elaboração de um plano de combate aos incêndios e propôs a abertura de crédito para financiar as ações necessárias.

Uma análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia revelou que os focos de incêndio no interior de São Paulo se formaram quase simultaneamente, sugerindo uma possível origem criminosa e coordenada. Até o momento, seis pessoas foram presas em conexão com os incêndios.

Gustavo Figueirôa, biólogo da SOS Pantanal, lamentou a situação, afirmando ao New York Times: “Estamos assistindo à biodiversidade do Pantanal desaparecer em cinzas.” Cientistas que atuam na região temem que o número de animais mortos, incluindo onças, possa superar o dos incêndios de 2020, que devastaram um terço do bioma, resultando na morte de cerca de 17 milhões de animais.

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