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Com 81% das novas emissões compradas por pessoas físicas, setor atrai atenção para renda fixa com lastro no mercado imobiliário

O mercado de crédito privado segue em expansão no Brasil e, em 2025, um dos destaques é o aumento expressivo da participação de investidores pessoas físicas na aquisição de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). No início do ano, 81% das novas emissões desses papéis de renda fixa foram compradas por pequenos investidores, o que demonstra o crescimento do interesse por alternativas que oferecem retorno acima da média dos investimentos tradicionais, com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Os CRIs são títulos vinculados ao setor imobiliário, emitidos por companhias securitizadoras, e funcionam como um elo entre os investidores e empreendimentos imobiliários — seja por meio de financiamentos, construções ou contratos de aluguel de longo prazo. Eles pagam juros periódicos e devolvem o valor principal no vencimento. A rentabilidade pode ser prefixada ou atrelada a índices como IPCA (inflação) ou CDI (taxa de juros), e o preço de mercado desses ativos pode variar conforme o cenário econômico.

De acordo com dados do setor, a PeerBr, uma das plataformas de crédito privado mais ativas do país, já detém 19,2% de participação no segmento de CRIs, reforçando sua posição de destaque. A fintech é controlada pelo Grupo GCB, que também lidera o mercado de captação via Resolução CVM 88 — norma que regula a oferta pública de valores mobiliários para investidores em plataformas digitais —, com quase 20% de participação nesse formato.

A combinação de rentabilidade, isenção fiscal e acesso facilitado por plataformas digitais vem tornando os CRIs uma alternativa popular em tempos de juros elevados e instabilidade no mercado de ações. No entanto, especialistas recomendam atenção aos riscos envolvidos, como a inadimplência dos devedores ou a oscilação dos juros que afeta os preços dos títulos no mercado secundário.

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