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Menos de um mês após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil. Segundo a colunista Malu Gaspar, a parlamentar está atualmente na Flórida, nos Estados Unidos, e planeja viajar nos próximos dias para a Itália, onde possui cidadania e acredita estar protegida de uma eventual extradição.

Com a fuga, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao STF a prisão preventiva da deputada. Caso o pedido seja aceito, a medida ainda dependerá de aprovação da Câmara dos Deputados, uma vez que Zambelli continua no exercício do mandato, mesmo após a condenação. O advogado da parlamentar, Daniel Bialski, abandonou a defesa poucas horas após tomar conhecimento da fuga.

Zambelli alega que teria sido informada de que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, poderia determinar sua prisão imediata em regime fechado, sem a possibilidade de conversão para prisão domiciliar. “Tenho cidadania italiana, eles não podem me deportar”, declarou a deputada.

Fiel aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro e conhecida por sua atuação agressiva contra o STF, Zambelli afirmou que irá pedir licença da Câmara e que pretende, assim como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, tornar-se uma crítica do Judiciário brasileiro no exterior.

Agora, o caso deve reacender debates sobre os limites da imunidade parlamentar e a capacidade de o Legislativo agir frente a parlamentares condenados que resistem às decisões da Justiça.

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