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Concluir a Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode representar um ponto de virada na vida de milhões de brasileiros. Um estudo divulgado pela Fundação Roberto Marinho em parceria com o Itaú Educação e Trabalho revela que pessoas que finalizam programas como o EJA têm, em média, 7% mais chances de conseguir emprego e uma elevação de 4,5% na renda mensal, em comparação com quem não concluiu o ensino básico.

Os dados são ainda mais promissores para quem acessa a modalidade antes dos 25 anos. Nesse grupo, a empregabilidade aumenta 9,6% e a renda sobe 7,5%, evidenciando o impacto positivo da educação formal precoce na inserção profissional e na melhoria de condições socioeconômicas.

Apesar dos avanços, o estudo lança luz sobre um problema estrutural persistente: o atraso educacional que atinge 66,6 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais que estão fora da escola sem ter concluído o ciclo básico. Entre eles, meninos e homens enfrentam desafios cada vez mais visíveis, tanto na educação quanto no mercado de trabalho e nas relações sociais.

Especialistas apontam que a chamada “crise masculina” na educação não é apenas uma questão individual, mas sim um problema social profundo. A evasão escolar masculina tem crescido, especialmente em contextos de vulnerabilidade social, contribuindo para o aumento da informalidade, da violência e do desemprego entre os jovens.

Cuidar dos meninos e dos homens é também cuidar das mulheres e da sociedade como um todo”, afirmam os pesquisadores envolvidos no estudo, ao defender políticas públicas mais direcionadas ao combate à evasão e à promoção da equidade de gênero na educação.

O relatório reforça a urgência de investir em programas de educação inclusiva e permanente, como o EJA, não apenas como uma ferramenta de correção de trajetória, mas como um instrumento de transformação social e econômica duradoura.

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