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Uma equipe de biólogos brasileiros alcançou um marco histórico na medicina regenerativa: o desenvolvimento de um medicamento capaz de regenerar a medula espinhal em pacientes com lesões medulares graves, restaurando movimentos perdidos após acidentes. O composto, chamado polilaminina, foi apresentado nesta terça-feira (10) pelo laboratório Cristália e promete revolucionar o tratamento de paralisias causadas por rompimentos na medula.

Produzida a partir de uma proteína extraída da placenta humana, a polilaminina atua diretamente no tecido nervoso lesionado, estimulando a reconexão das vias nervosas e a regeneração da medula espinhal. Segundo os pesquisadores, pacientes que participaram da fase experimental do tratamento apresentaram recuperação total, readquirindo movimentos e funções antes considerados irreversíveis.

“É a primeira vez que vemos resultados tão expressivos em casos de rompimento completo da medula. A polilaminina tem o potencial de mudar a história da neurociência e da reabilitação”, declarou um dos cientistas envolvidos no projeto.

O laboratório Cristália agora aguarda a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os estudos clínicos regulatórios em maior escala, passo necessário antes de disponibilizar o medicamento no mercado. A expectativa é que, com os trâmites aprovados, o Brasil se torne pioneiro no uso de biotecnologia avançada no tratamento de lesões medulares.

A descoberta também chama atenção pelo uso inovador de materiais biológicos de origem humana, como a placenta, tradicionalmente descartada após o parto. A utilização ética e segura desse tecido abre novas possibilidades para terapias regenerativas com baixo risco de rejeição.

Se os resultados iniciais se confirmarem em larga escala, a polilaminina pode representar uma esperança real para milhões de pessoas com paralisia ao redor do mundo, além de consolidar o Brasil como protagonista em pesquisa biomédica de ponta.

O avanço reacende o debate sobre investimentos em ciência nacional, mostrando que, com recursos e incentivo, a produção científica brasileira é capaz de entregar inovações com impacto global.

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