0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma nova resolução que proíbe médicos de realizarem sedação, anestesia geral ou bloqueios periféricos exclusivamente para a realização de tatuagens de cunho estético. A medida, que já está em vigor, tem como objetivo preservar a segurança dos pacientes e reforçar os limites éticos da prática médica.

Segundo o CFM, o uso de anestesia para procedimentos como tatuagens sem indicação clínica específica pode representar riscos significativos à saúde, incluindo a maior absorção de metais pesados presentes em pigmentos, como chumbo e cádmio. Além disso, a prática foi considerada uma deturpação da atividade médica, que deve se restringir a contextos terapêuticos ou reparadores.

De acordo com a resolução, a aplicação de anestesia segue permitida apenas em situações médicas justificadas, como na pigmentação da aréola mamária em pacientes submetidas a cirurgias oncológicas. Nestes casos, o procedimento é reconhecido como parte da reconstrução pós-operatória e tem respaldo científico e clínico.

A decisão surge em meio ao aumento da busca por tatuagens acompanhadas de sedação, especialmente por pessoas com baixa tolerância à dor. O CFM alerta que, ao banalizar a anestesia em contextos não médicos, há risco de efeitos colaterais graves, sem a contrapartida de benefícios clínicos.

A medida deve impactar diretamente clínicas e profissionais que vinham oferecendo o serviço como diferencial estético. Para o CFM, o foco é garantir que a prática médica continue pautada na ética, no bom senso e na proteção integral à vida do paciente.

Brasil sai novamente do Mapa da Fome da ONU após queda na subnutrição

Artigo anterior

Morre Marcelo Beraba, referência do jornalismo investigativo no Brasil, aos 74 anos

Próximo artigo

Você pode gostar

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais sobre Notícias