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O Brasil registrou uma queda de 78% no número de casos de dengue nos seis primeiros meses de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17), foram confirmados 1,2 milhão de casos até junho, contra 5,6 milhões nos primeiros seis meses de 2024 — ano em que o país enfrentou um dos maiores surtos da doença já registrados.

Apesar da expressiva redução, o cenário ainda é considerado grave. O número de mortes já chega a 1.437 em 2025, e o coeficiente de incidência nacional é de 695,8 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a situação epidêmica quando esse índice ultrapassa 300 — patamar que o Brasil mais do que dobrou.

Especialistas atribuem a queda ao fenômeno de “imunidade de rebanho parcial”, provocado pelo elevado número de infecções em 2024. Com milhões de brasileiros contaminados no ano anterior, uma parcela significativa da população desenvolveu anticorpos contra o vírus, o que ajudou a reduzir a disseminação da doença neste ano.

No entanto, o número ainda elevado de infecções e a alta taxa de mortalidade mantêm o alerta aceso. Segundo infectologistas, a circulação simultânea de diferentes sorotipos do vírus pode fazer com que uma nova onda atinja pessoas que já foram infectadas anteriormente, mas por outro tipo do vírus — aumentando o risco de formas graves da doença.

O Ministério da Saúde reforça a necessidade de vigilância e prevenção, como o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Campanhas de orientação, vacinação em regiões prioritárias e eliminação de criadouros seguem como principais estratégias para conter o avanço da doença no segundo semestre.

Mesmo com a tendência de queda, especialistas alertam: o Brasil permanece em estado de epidemia, e o combate à dengue deve continuar como prioridade na agenda da saúde pública.

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