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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (4) o amplo pacote tributário e orçamentário proposto pelo presidente Donald Trump, consolidando a primeira grande vitória legislativa de seu segundo mandato. A chamada “Big Beautiful Bill” foi aprovada por 218 votos a 214, com apenas dois deputados republicanos se posicionando contra o texto. A proposta já havia passado pelo Senado de forma mais apertada, após o vice-presidente JD Vance empatar a votação e usar seu voto de Minerva.

O texto agora segue para sanção presidencial e simboliza não apenas a consolidação da agenda econômica de Trump, mas também a unificação do Partido Republicano em torno de seu projeto político. O pacote prevê mudanças profundas na política fiscal norte-americana, tornando permanentes os cortes de impostos para os mais ricos — uma das promessas centrais de Trump desde o primeiro mandato — e promovendo os maiores cortes em programas sociais das últimas décadas.

Programas de saúde pública, assistência à renda e redes de proteção social sofrerão reduções significativas, ao mesmo tempo em que o orçamento militar será substancialmente ampliado. Parte desses recursos será destinada ao reforço da segurança de fronteiras, uma das bandeiras mais simbólicas do trumpismo.

O impacto fiscal da nova lei é motivo de controvérsia. A própria previsão do Congresso é de que o pacote possa elevar o déficit público dos EUA em até US$ 3,3 trilhões nos próximos três anos — um ponto criticado pela oposição democrata, que acusa o governo de favorecer os mais ricos enquanto corta benefícios de famílias de baixa renda.

Apesar das críticas, a Casa Branca comemorou a aprovação do projeto como uma vitória da “classe média americana”, sustentando que a redução da carga tributária impulsionará o crescimento econômico. Em nota, Trump afirmou: “Esta é uma grande vitória para os americanos trabalhadores e patriotas. Estamos devolvendo o dinheiro ao povo e protegendo nossas fronteiras como nunca antes.”

Especialistas e analistas políticos apontam que a aprovação do pacote sinaliza o tom do segundo mandato de Trump: uma guinada ainda mais acentuada à direita em termos fiscais e sociais, com foco em segurança nacional e desregulamentação econômica.

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