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Mesmo com a rápida expansão das energias renováveis, o Brasil deve continuar explorando combustíveis fósseis nos próximos anos. Essa foi a avaliação unânime de empresários e especialistas durante o 24º Fórum Empresarial Lide, realizado nesta semana, que discutiu os rumos da matriz energética nacional no contexto da transição global para fontes mais limpas.

O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, afirmou que o país pode — e deve — avançar simultaneamente na produção de petróleo e biocombustíveis, destacando a posição estratégica do Brasil na indústria energética global. “O país tem um papel relevante tanto nos combustíveis fósseis quanto nas energias renováveis. São caminhos complementares, não excludentes”, defendeu.

Fontes energéticas coexistem, diz ex-ANP

O ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, David Zylbersztajn, também reforçou a ideia de coexistência entre diferentes fontes de energia. Ele lembrou que, historicamente, novas tecnologias energéticas não substituem imediatamente as antigas. “O carvão continua crescendo mesmo após o petróleo se consolidar como principal fonte. A transição energética é um processo, não uma ruptura imediata”, disse.

Segundo Zylbersztajn, a demanda global por petróleo ainda será significativa por décadas, e o Brasil deve aproveitar suas reservas e tecnologia offshore para manter-se competitivo, enquanto investe de forma paralela em energias de baixo carbono.

Produção brasileira é menos poluente

Outro destaque do fórum foi o comentário de Roberto Gianetti da Fonseca, presidente do Lide Comércio Exterior, que apontou que a produção brasileira de petróleo hoje tem uma das menores pegadas de carbono do mundo. “Isso pode virar uma vantagem competitiva internacional, principalmente diante de exigências ambientais mais rigorosas nos mercados externos”, avaliou.

Gianetti também defendeu a valorização de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, nos quais o Brasil é líder global, e a inclusão desses ativos na estratégia nacional de descarbonização com impacto econômico positivo.

Brasil se destaca na produção de petróleo sem alta dependência e lidera em energia renovável

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