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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que é contrário à proposta de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, “anistia significa perdão. E o que aconteceu é imperdoável”. A declaração ocorre em meio a articulações de setores da direita e do centrão no Congresso Nacional para tentar aprovar a medida.

Barroso ressaltou que, embora discorde da ideia de anistia, a revisão das penas pode ser discutida democraticamente no Legislativo. “Redimensionar a extensão das penas, se o Congresso entender por bem, está dentro da sua competência”, pontuou.

Além de se posicionar firmemente contra o perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos, Barroso defendeu a celeridade no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por suposta incitação e articulação da tentativa de golpe. Para o ministro, o melhor cenário institucional seria concluir o julgamento ainda em 2024.

O presidente do STF também comentou sua relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e com o líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB). Disse que Motta é um “exemplo de civilidade e boas relações”, mas negou qualquer conversa recente sobre a pauta da anistia, tema central para a extrema direita.

Ao dizer que “não ligo para pressão”, Barroso sinaliza que o Supremo manterá sua postura firme na responsabilização dos envolvidos nos ataques que depredaram os Três Poderes, mesmo diante do movimento político que busca amenizar as consequências dos atos.

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