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Pesquisadores, jornalistas e ativistas palestinos cobraram uma ação mais incisiva da comunidade internacional, incluindo o Brasil, diante dos contínuos ataques de Israel à Faixa de Gaza. O encontro, realizado na sexta-feira (4) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), teve como tema o Dia da Terra Palestina, que marca o aniversário de uma greve geral de palestinos em 1976 contra a expropriação de terras pelo governo de Israel, que resultou em uma repressão violenta e na morte de seis pessoas.

No evento, o fundador do veículo de comunicação Opera Mundi, Breno Altman, afirmou que o que está ocorrendo em Gaza é uma “limpeza étnica”, comparando a situação à violência do regime nazista. Segundo ele, o cenário atual revela uma crise moral e geopolítica fundamental, evidenciando como até países com valores de social-democracia têm contribuído para o agravamento do conflito. Para Altman, enquanto no início Israel afirmava que seu objetivo era apenas expulsar o Hamas, hoje a intenção é expulsar todos os palestinos, com o intuito de liberar espaço para projetos empresariais, especialmente dos Estados Unidos.

O coordenador da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, Samir Oliveira, criticou a falta de ação das instituições brasileiras e internacionais, que têm evitado manifestações contra Israel para não perder financiamentos. Oliveira defendeu que o Brasil rompesse com Israel na comercialização de petróleo, apontando que, entre outubro de 2023 e julho de 2024, o país enviou 9% do volume bruto de petróleo para Israel, uma quantia que, embora não muito elevada, tem grande significado em termos de princípios. “O Brasil precisa fechar essa torneira”, afirmou Oliveira.

A jornalista palestino-brasileira Soraya Mesleh, coordenadora da Frente Palestina SP, destacou a importância de se lembrar que, no contexto da ditadura civil-militar no Brasil, as forças de repressão utilizaram táticas israelenses para sustentar o regime. Ela enfatizou a necessidade de isolar Israel na comunidade internacional, defendendo ações concretas do Brasil, além de palavras.

O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, tem reiterado o repúdio à violência e às violações de direitos humanos desde o início da escalada do conflito, em outubro de 2023, e buscado ações para um possível cessar-fogo. No entanto, até o momento, o conflito permanece sem solução, e as tensões seguem elevadas.

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