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Em meio a uma série de derrotas no Congresso Nacional, o governo federal decidiu liberar R$ 500 milhões em emendas parlamentares e mais R$ 1,1 bilhão em recursos extras para o Ministério da Saúde. A movimentação busca conter a insatisfação da base aliada, que votou contra o Palácio do Planalto em pautas-chave nesta semana, como a medida provisória que eleva o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou amenizar a crise política ao elogiar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apesar das dificuldades enfrentadas para aprovar a agenda fiscal no Legislativo. Lula classificou como “justo” o aumento do IOF e afirmou que o governo não pode ceder a todas as pressões do Congresso. Ainda assim, o gesto de liberação de recursos é visto como uma tentativa de reconquistar apoio parlamentar.

Apesar de tratar das tensões com o Congresso, o presidente evitou comentar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa básica de juros para 15% na última reunião. A alta, considerada inesperada por parte do mercado, foi criticada apenas pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. “É incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros”, declarou a ministra, que poupou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

A nova alta nos juros representa um revés adicional para o governo, que enfrenta dificuldades para destravar a agenda econômica e, ao mesmo tempo, lida com crescentes pressões por parte da base aliada por mais recursos e cargos. A combinação entre resistências no Congresso, falta de articulação política e impasses fiscais tem provocado desgaste interno e externo, com impactos diretos sobre a popularidade do governo e sobre a confiança do mercado.

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