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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta semana, o primeiro tratamento indicado para pacientes com câncer de ovário que não respondem mais à quimioterapia padrão à base de platina. O medicamento, batizado comercialmente de Elahere, representa uma nova alternativa terapêutica para casos avançados da doença.

O princípio ativo do Elahere é o mirvetuximabe soravtansina, uma droga inovadora que combina um anticorpo direcionado ao receptor FR alfa — presente em altos níveis nas células tumorais — com uma carga quimioterápica letal para as células cancerígenas. A principal vantagem do tratamento está na sua capacidade de preservar as células saudáveis, ao mesmo tempo em que ataca diretamente o tumor.

De acordo com um estudo publicado no New England Journal of Medicine, um dos periódicos médicos mais respeitados do mundo, o novo medicamento foi capaz de reduzir em 35% o risco de progressão da doença, em comparação à quimioterapia convencional. Além disso, os pacientes que receberam o tratamento apresentaram um ganho significativo em sobrevida, mesmo em estágios avançados da doença.

A aprovação da Anvisa marca um avanço importante no tratamento de câncer de ovário, que é frequentemente diagnosticado em fases tardias e apresenta alta taxa de recorrência. Especialistas apontam que a chegada do Elahere ao mercado brasileiro pode oferecer esperança para pacientes que esgotaram outras linhas terapêuticas.

Ainda não há previsão oficial sobre o início da comercialização do medicamento no país, nem informações sobre o valor de venda ou sua possível inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a aprovação já é considerada um marco importante para a oncologia brasileira.

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