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O cessar-fogo entre Israel e Irã, anunciado na noite de segunda-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ter durado pouco. Apesar de ambos os países terem aceitado os termos impostos por Trump, o governo israelense acusou o Irã de violar a trégua e ordenou novos bombardeios contra alvos em Teerã, que negou as acusações.

Segundo as autoridades israelenses, o sistema de defesa do país detectou o lançamento de mísseis iranianos após o início da trégua e ativou os alertas de ataque aéreo. No entanto, todos os projéteis teriam sido interceptados, sem registro de vítimas ou danos. Já a mídia estatal iraniana desmentiu o disparo dos mísseis.

O acordo de cessar-fogo, previsto para entrar em vigor nesta terça-feira (25), foi mediado pelo Catar, e Trump parabenizou ambos os lados pelo entendimento, sugerindo que o conflito seja lembrado como a “Guerra dos 12 Dias”. Antes da trégua, o Irã realizou um contra-ataque controlado contra a maior base militar americana no Golfo Pérsico, avisando previamente as autoridades do Catar e dos Estados Unidos. A manobra tinha duplo objetivo: reforçar a resistência perante o público interno e sinalizar disposição para o diálogo com a comunidade internacional.

Apesar dos esforços diplomáticos, Israel ampliou os ataques focando em alvos simbólicos do regime iraniano, como a entrada da prisão de Evin, conhecida pela repressão a dissidentes, e centros de enriquecimento de urânio, que também foram alvos dos bombardeios americanos.

A extensão dos danos causados aos programas nucleares iranianos ainda é incerta. Autoridades militares e especialistas afirmam que é cedo para avaliar se as instalações subterrâneas foram destruídas. Ao contrário, há receios de que o Irã possa acelerar seu projeto para desenvolver uma bomba nuclear.

Na última segunda-feira, em Viena, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que a destruição das centrífugas de enriquecimento de urânio é plausível, mas não confirmada. Ele manteve a esperança de que uma solução diplomática possa pôr fim ao conflito.

Nos bastidores, o cenário político iraniano também apresenta mudanças: o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo de 86 anos, teria delegado o comando do país a um conselho dominado por militares de linha dura, em substituição aos tradicionais clérigos xiitas, refletindo uma mudança no equilíbrio de poder em Teerã.

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