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O governo federal decidiu afastar, de forma preventiva, os representantes de aposentados e pensionistas do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), em meio às investigações que apuram um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida visa preservar a integridade das apurações, que envolvem suspeitas de desvios milionários por meio de descontos indevidos aplicados sobre os benefícios de milhares de segurados.

Os conselheiros afastados ocupavam cadeiras no CNPS representando diferentes entidades voltadas à defesa dos aposentados. Algumas dessas organizações estão formalmente implicadas no esquema, sob a acusação de participação direta nas fraudes investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

A gravidade do caso remonta a 2023, quando as primeiras denúncias surgiram. Em uma das reuniões do próprio Conselho, o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi alertado sobre a possibilidade de irregularidades em operações envolvendo consignações. Na época, o alerta levou à abertura de uma análise preliminar, que agora resultou em uma investigação de grande alcance.

O esquema consistia, segundo as investigações, na aplicação de descontos automáticos em contracheques de aposentados e pensionistas, referentes a serviços e mensalidades que não haviam sido autorizados pelos beneficiários. A atuação de entidades representativas seria central nesse processo, com suspeitas de conluio para o desvio sistemático de recursos públicos.

A decisão de afastamento é temporária, válida enquanto durarem as investigações. De acordo com fontes do Ministério da Previdência, a medida não compromete o funcionamento do CNPS, mas busca garantir a transparência e a legitimidade do colegiado em um momento de crise institucional.

A expectativa é que, com os afastamentos, o governo consiga retomar o controle sobre o Conselho e dar uma resposta firme às denúncias que colocam em xeque a confiança dos aposentados no sistema previdenciário.

A Controladoria-Geral da União informou que novos desdobramentos da investigação devem ser divulgados nas próximas semanas. Já o Ministério da Previdência Social estuda medidas para evitar que práticas semelhantes se repitam, incluindo a revisão dos critérios de credenciamento de entidades no CNPS.

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