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BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu adiar a análise do requerimento de urgência para o projeto que propõe anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A medida, que contava com apoio de 264 deputados — incluindo nomes da base do governo —, ficará fora da pauta pelos próximos dias.

Segundo Motta, a decisão foi tomada após articulação com líderes de partidos de esquerda e centro, resultando em um entendimento coletivo contrário à aceleração da tramitação. “Líderes que representam mais de 400 parlamentares decidiram que o tema não deveria entrar na pauta da próxima semana. Isso não quer dizer que não seguiremos dialogando para a busca de uma solução”, afirmou o deputado, em tom conciliador.

O movimento também foi uma resposta ao avanço do PL, maior bancada da Casa com 92 deputados, que conseguiu reunir as assinaturas necessárias para apresentar o requerimento de urgência. O partido Novo também se mostrou favorável à tramitação rápida, mas permaneceu isolado.

Apesar do recuo temporário, o impasse revela a tensão política em torno da tentativa de reescrever a narrativa sobre os ataques às sedes dos Três Poderes, que marcaram o início de 2023. A proposta de anistia, vista por opositores como um aceno aos extremistas que participaram das invasões, enfrenta forte resistência dentro do Congresso, mesmo entre aliados do Planalto.

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