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China rebate Trump após fala sobre tarifas: “É preciso respeito mútuo”

O governo da China respondeu com ceticismo e firmeza às mais recentes declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que afirmou que as tarifas comerciais sobre produtos chineses – atualmente a partir de 145% – “cairão substancialmente”. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores chinês exigiu que os Estados Unidos abandonem a postura de “ameaças e coerção” e busquem o diálogo com base em “igualdade e respeito mútuo”.

A fala de Trump, vista como um recuo inesperado em sua tradicional retórica protecionista, repercutiu intensamente nas redes sociais da China, onde a hashtag “Trump se acovardou” rapidamente ganhou força. O episódio reforça o sentimento de desconfiança entre as duas maiores economias do mundo, que seguem travando uma guerra comercial marcada por tarifas, sanções e trocas de acusações diplomáticas desde 2018.

O tom mais ameno de Trump veio após declarações do secretário do Tesouro, Scott Bessent, que classificou a guerra comercial como “insustentável” durante um evento do JP Morgan Chase. Bessent propôs um “reequilíbrio” nas relações bilaterais, sugerindo que os EUA adotem uma abordagem mais estratégica e menos conflituosa com Pequim.

Enquanto isso, Trump também voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por manter as taxas de juros “muito altas”. Em mais uma de suas ameaças veladas, disse que “pode ligar” para o chefe do banco central, que nos últimos dias foi chamado por Trump de “grande perdedor”. Apesar da pressão, o republicano recuou novamente nesta quarta-feira, afirmando que “não tinha intenção” de demitir Powell, o que gerou alívio momentâneo nos mercados financeiros.

As movimentações de Trump, que se prepara para disputar a presidência novamente em 2024, apontam para uma tentativa de reposicionamento político e econômico, buscando equilibrar o discurso duro com pragmatismo diante das pressões internas e externas. A China, por sua vez, parece disposta a manter o embate verbal, mas sem ceder nas exigências por respeito mútuo e reciprocidade nas negociações.

O cenário internacional segue tenso, com efeitos diretos sobre os mercados globais, os preços das commodities e os rumos da política monetária dos EUA. Com Trump no centro das atenções, qualquer sinal de mudança de tom tem potencial para reverberar nos ânimos diplomáticos e financeiros mundo afora.

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