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Funeral de Papa Francisco será realizado com presença de líderes mundiais e ritos definidos por ele próprio

O Vaticano anunciou oficialmente os detalhes do funeral do Papa Francisco, falecido na madrugada de segunda-feira (21), aos 88 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Conforme informações divulgadas nesta terça-feira (22), a cerimônia será realizada de acordo com instruções deixadas no próprio testamento do pontífice, respeitando sua marca registrada: a simplicidade.

Nesta quarta-feira (23), às 9h no horário local (4h de Brasília), o corpo será trasladado da Capela da Casa Santa Marta para a Basílica de São Pedro, após um momento de oração presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo do Vaticano. Após a procissão e os ritos iniciais, será aberta a visitação pública à urna do papa. A Missa das Exéquias será celebrada no sábado (26), às 10h (5h de Brasília), no átrio da Basílica de São Pedro, sob presidência do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Encerrando o funeral, os ritos da Última Commendatio e da Valedictio serão realizados, antes que o caixão de Francisco seja levado à Basílica de Santa Maria Maggiore, onde o pontífice será sepultado. O ato seguirá as orientações do Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que estabelece o protocolo para os funerais papais.

Sepultamento humilde, como desejado

Diferente de seus antecessores, enterrados na monumental Basílica de São Pedro, Francisco optou por um túmulo simples na Basílica de Santa Maria Maggiore, sem ornamentos ou homenagens luxuosas. As primeiras imagens do corpo mostraram o papa em um caixão aberto, vestido com túnica vermelha, mitra papal e um rosário entre as mãos.

A decisão simboliza o espírito que marcou os 12 anos de seu pontificado, marcado pela defesa dos pobres, dos marginalizados e pelo desejo de uma Igreja mais próxima do povo. “Poucos poderiam prever que ele faria mais pela comunidade LGBTQIA+ que todos os seus antecessores juntos”, afirmou o padre James Martin. “Talvez suas palavras mais famosas tenham sido: ‘Quem sou eu para julgar?’”, completou.

Homenagens pelo mundo e presença de chefes de Estado

O funeral deve reunir cerca de 200 chefes de Estado e autoridades internacionais. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama Janja já confirmaram presença. Donald Trump (EUA), Javier Milei (Argentina) e Emmanuel Macron (França) também estarão presentes. A cidade de Roma se prepara para receber mais de 1,5 milhão de fiéis nos próximos dias.

Na Argentina, milhares de pessoas participaram de uma missa na Basílica de San José de Flores, em Buenos Aires — local onde Jorge Mario Bergoglio iniciou sua vocação religiosa. O arcebispo Jorge García Cuerva lembrou a essência de seu pontificado: “Deus nos ama com loucura e nunca se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir seu perdão”.

O falecimento de Francisco representa o fim de uma era marcada por avanços no diálogo inter-religioso, posicionamentos progressistas e um esforço constante por justiça social dentro e fora da Igreja. Seu legado, de fé vivida com empatia e coragem, seguirá ecoando pelos corredores do Vaticano e nos corações dos fiéis ao redor do mundo.

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