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O Partido Liberal (PL) anunciou ter alcançado o número mínimo de 257 assinaturas necessário para que o projeto de lei que propõe a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro seja votado em regime de urgência no Plenário da Câmara. Com o apoio obtido, o texto poderá ser apreciado diretamente pelos deputados, sem necessidade de tramitação nas comissões da Casa.

Segundo o colunista Lauro Jardim, o partido agora concentra esforços para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto o quanto antes. A movimentação acendeu um alerta no Palácio do Planalto.

De acordo com a jornalista Bela Megale, causou forte indignação entre assessores e ministros do governo federal o fato de mais de 100 parlamentares da base aliada do presidente Lula terem assinado o pedido de urgência, sinalizando uma possível dissidência e falta de controle do Executivo sobre sua própria articulação política.

O projeto de anistia, defendido por setores bolsonaristas e por parlamentares ligados ao PL, é alvo de duras críticas por relativizar os atos antidemocráticos ocorridos na Praça dos Três Poderes, que culminaram na depredação das sedes dos Poderes em Brasília. Integrantes do Judiciário e entidades da sociedade civil têm se posicionado contra qualquer tentativa de perdoar os envolvidos.

A pressão sobre Hugo Motta, que recentemente assumiu a presidência da Câmara após a saída de Arthur Lira, aumenta a tensão no Congresso. Apesar do avanço na coleta de assinaturas, ainda não há data definida para a votação da proposta.

Nos bastidores, o governo tenta identificar os parlamentares da base que assinaram o pedido, em um esforço para conter danos e evitar uma derrota simbólica em plenário. A crise revela as dificuldades da articulação política do Planalto, mesmo com uma base teoricamente majoritária.

A tentativa de anistiar os envolvidos no 8 de Janeiro reacende o debate sobre a responsabilidade institucional diante de atos golpistas e o futuro da democracia no país.

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