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Gilberto Kassab, presidente do PSD e um dos nomes mais influentes da política brasileira, não poupou críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante um evento para investidores em São Paulo. O político classificou Haddad como um “ministro fraco”, afirmando que ele “não consegue se impor” e tem “dificuldade de comandar”, o que, segundo Kassab, é um “péssimo indicativo para o país”. O presidente do PSD, partido que elegeu o maior número de prefeitos nas últimas eleições, também criticou a condução da política econômica e expressou preocupação com a falta de autoridade do titular da Fazenda.

Apesar das críticas, o PSD é aliado do governo Lula, com três ministros ocupando cargos na equipe: Carlos Fávaro (Agricultura), André de Paula (Pesca) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Questionado sobre as declarações de Kassab, Haddad limitou-se a responder que não leu e não tomou conhecimento da crítica.

Kassab também foi incisivo ao analisar o futuro político do PT. Em sua avaliação, se a eleição de 2026 fosse hoje, Lula não seria o vencedor. “O PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam”, afirmou, apontando que os partidos de centro estão criando alternativas para a disputa presidencial. Ele ainda lamentou a falta de articulação para reverter a piora no cenário, comparando o momento atual ao início dos mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, que marcaram seus governos com ações positivas.

Nos bastidores, Kassab já articula sua candidatura ao governo de São Paulo, um sonho político que, segundo ele, pode se concretizar na chapa de reeleição de Tarcísio de Freitas em 2026, como vice-governador. No entanto, sua aliança com Lula e as críticas dos bolsonaristas ao “jogo duplo” de Kassab geram resistência, principalmente em relação à sua posição em relação à inelegibilidade de Bolsonaro e à anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Enquanto isso, o governador do Paraná, Ratinho Jr., também do PSD, tem se movimentado para manter sua candidatura presidencial em aberto para 2026. Embora diversos partidos da direita mostrem interesse em lançar seu nome, tudo indica que o PSD oficializará sua pré-candidatura em breve, apesar da fragmentação no campo político.

Com um cenário político cada vez mais imprevisível, as movimentações de Kassab e outros líderes do PSD refletem as intensas articulações em torno das eleições de 2026, que prometem ser marcadas por surpresas e desafios para as principais siglas do país.

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